Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Quinta-feira, 01 Dezembro , 2011, 22:56

Acentua-se cada vez mais a eventualidade ( que já considero certeza) do fim da Zona Euro tal como está organizada. Numa palavra, o fim do Euro. Moeda que se pretendeu ÚNICA mas que numa União Europeia com 27 Estados membros, apenas o é em 17 e, mesmo aí, sente-se já a necessidade de clarificar posições e/ou permanências.


A crise financeira mundial, que teve o seu apogeu em 2008 com a falência do Lheman Brothers, apanhou desprevenida uma Europa sonhadora...preocupada com os seus pequenos negócios... onde, os Países que a compõem, viviam acima das suas possibilidades, muito para lá do aceitável, do razoável.

E tudo advém de anos consecutivos em que se fomentou a utópica ideia de que a sonhada criação dos «Estados Unidos da Europa» pudessem suplantar os outros...os originais! Mas como seria isso possível, se o entendimento entre Estados é incipiente ou mesmo inexistente? Foram abolidas fronteiras terrestres, físicas, mas não as fronteiras mentais... Essas, permanecem ativas e cada vez mais vincadas. O crivo seletivo a que o eixo Franco /Alemão sujeita os países chamados periféricos, vira-se agora para o centro da vaidosa Europa. da mesma Europa que ao longo de séculos sempre resolveu de modo agreste os seu problemas, mas que vê agora a sua ideia unificadora sujeita a uma agonia lenta e dolorosa.

E poderemos falar também do "sonho" de domínio de todo o espaço europeu por parte de Alemães e Franceses. Sendo que, no caso dos últimos, foi-lhes estendida a passadeira vermelha a caminho da desgraça financeira ao que se vai sabendo. Mas também a Alemanha. Corretamente apelidada, até aqui, de motor económico da Europa, vê-se agora, também Ela, aproximar-se com passada larga o espectro da crise interna que alguns procuram esconder, mas que a maioria  sabe ser verdadeira.

Sinceramente, de todas as análises que tenho feito na minha insípida sapiência financeira, não consigo descortinar da utilidade ou não da continuidade do Euro enquanto moeda única. Ou se o regresso às moedas nacionais seria ou não mais benéfica, mantendo-se o Euro apenas e só como moeda comercial e competindo diretamente com o Dólar. Também fica difícil perceber que, sendo a União Europeia composta por 27 países, apenas dezassete  façam parte da zona euro. Bem sei que existem critérios para essa admissão. Mas, vê-se agora, serão estes critérios assim tão corretos? Tão precisos? e, acima de tudo, tão fiáveis? Não me parece de todo.

Resta portanto saber, tentar compreender, até que ponto toda esta convulsão económico / financeira, esta "guerra" dos mercados, a pressão constante e os ferozes ataques às economias menos apetrechadas. Resta portanto saber, até quando vaio Euro resistir!

Dizia-se, a algumas semanas atrás, que a Grécia entraria em "default" no final do corrente ano. Assim não sucedeu, pois que "valores mais altos" sobrepuseram-se a tal desfecho - pelo menos para já-. Itália, embora o FMI desminta, prepara-se para solicitar auxílio financeiro, depois do solicitado apoio técnico. Outros países europeus, Espanha, Bélgica, Hungria, e mesmo a França, estão em sérias dificuldades. Ante-vejo um Natal agitado para alguns líderes e um Fim de Ano com poucos motivos de comemoração. Não sei se não será ocaso de começarmos a reaprender a fazer conversão de moeda...

A minha sugestão, é voltarmos ao tempo dos Patacos!

 


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