Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 21 Maio , 2013, 22:54

 

Foi recentemente aprovada,  na generalidade, a proposta de lei sobre a co-adoção de crianças por casais homossexuais.

Tenho a dizer sobre o assunto o seguinte:

Nada tenho contra a forma como cada um, no uso da sua liberdade individual, conduz a sua orientação sexual. E muito menos, se o fazem sentindo que isso lhes possa trazer, paz, satisfação pessoal, alegria e felicidade

A questão da adoção de crianças por casais do mesmo sexo, parece-me ser um assunto daqueles que se poderiam considerar um "não - assunto" , dado que deveriam ser encarados apenas é só, como sequência e consequência da aprovação e regulamentação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Não consigo entender a forma arcaica e conservadora com que alguns vêem o problema.
A pergunta impõe-se:
- será útil e admissível, que uma criança tenha de ser sujeita a uma vida errante e perdida em instituições de internamento, sem direito a um lar, ao carinho, ao amor?

Não pretendo dizer, de forma alguma, que as instituições de acolhimento dessas crianças, não sejam lugares acolhedores, que o são na maioria dos casos. Que não tenham pessoal capaz de acompanhar, compreender e acarinhar as crianças que estão a seu cargo. Mas não me parece que consigam dar amor!

Uma criança precisa de afetos. De quem brinque, participe na sua vida, oriente em permanência, acompanhe, acarinhe...
Precisa de quem lhe dê ouvidos, preste atenção, escolha a melhor escola, ajude nos trabalhos de casa...
De quem esteja e diga presente na doença, nas aflições, nas inquietações...

Enfim! Uma criança precisa e tem direito a viver!

Posto isto, a demagogia que muitos teimam em praticar passa a ser mera retórica.

Esqueçam-se, portanto, da questão de ser o casal composto por membros do mesmo sexo ou sexos diferentes. Um casal é um casal e ponto final!

Caberia aqui acrescentar, que não está provado que uma criança seja mais ou menos feliz pelo fato ser ser educada por dois pais ou duas mães. É muito provável, aceito, que possa ser uma situação menos confortável, em alguns casos, que uma criança tenha que "justificar" perante os colegas o ter dois pais ou duas mães. Ou seja, que os seus pais não sejam o resultado de um casal dito normal.

Simplificando, porque as coisas simples da vida são, e serão, sempre as melhores, é meu entendimento que a melhor forma de resolver essa questão é a seguinte:
- pensarmos no que é melhor, tanto para pais (sejam eles o que forem ), e crianças.
- analisar em profundidade, desprendimento e espírito aberto toda a situação.
- compreender o peso que a nossa sociedade arcaica ainda tem em tudo o que à " moralidade" diz respeito.
- percebermos, que a opção , as escolhas individuais de cada um, devem ser respeitadas e valorizadas.

Podemos não concordar... podemos não aceitar... é um direito nosso, individual, digno de respeito.
Isso não nos dá, nunca dará, o direito de julgar!
Ninguém é juiz em causa própria. Muito menos em causas alheias!



publicado por João Ricardo Lopes | Domingo, 23 Dezembro , 2012, 23:21

 


 

Triste! Humilhado! Espoliado! Espezinhado! Roubado! Desesperançado!
E tantos outros adjetivos que aqui não têm lugar...
É este, muito certamente, o sentimento que acompanha a grande maioria dos cidadãos.
Daqueles que ao longo de um vida, muito deram de si, do seu esforço, dedicação, devoção, em prol do progresso e do desenvolvimento.
Daqueles que, com maior ou menor dificuldade, traçaram metas,delinearam objetivos, prepararam terreno...ergueram muros, derrubaram barreiras... 
Os muitos que, ao longo de gerações, séculos, trasnportaram  e levaram longe, o nome desta jovem mas nobre nação...Portugal!
Que sofreram, lutaram, conquistaram, .morreram em seu nome! Não sentirão hoje, de forma alguma, honrados os seus nomes e esforços.
Mas também aqueles, que em tempos muito mais próximos, enfrentaram perigos, cruazando fronteiras em busca de uma felicidade que o País que os viu nascer lhes negava. Fugidos de uma miséria que oprimia, como as forças tenebrosas que bloqueavam e esmagavam consciências e vontades. Em busca, muitos, se não da melhoria da situação económica, apenas da brisa límpida e fresca da liberdade!  
Passados os anos, os tempos de angústia, exílio e solidão, eis que uma nova aurora despontou. Despertou e libertou mentes. Fez crescer em todos e em cada um o sentimento de que por fim seria possível VIVER em Portugal! Viver bem, livre, com condições iguais entre todos. Uma vivência de eftiva democracia, da Voz plena do POVO. Um sentimento válido, justo, merecido...mas no entanto nunca concretizado. Porque mais uma vez, ao longo dos anos, dos muito recentes e curtos anos, o caminho seguido por todos os que, em nome da Democracia e da Liberdade, escolhidos que foram pelo POVO para os representar e defender, acumularam erros, manietaram, delapidaram, criaram e incentivavaram jogos de poder que só a alguns, interessa e traz vantagem. 
Estamos chegados ao fim de mais um destes recentes e sofridos anos. Aos quais, nem a ténue luz de progresso que muitos julgaram ver e que mais não foi do que uma ilusão, consegue gerar alegrias. 
Encontra-mo-nos diante daquela que é, sem dúvida, a pior e mais grave crise que Portugal alguma vez enfrentou ao longo da sua história coletiva de 900 anos. Encontra-mo-nos perante o abismo, a descrença,a incerteza, a dor, a fome, a miséria física e intelectual. Impotentes, mas também, em muitos casos, sem vontade, sem querer, sem ânimo... cientes de que é preciso agir, mas presos ao medo. Agrilhoados a correntes de peso tão grande, que se torna insuportávelmente penoso cada movimento.
Difícil, muito difícil, o ano que se aproxima. Um ano em que só os mais fortes de espírito conseguirão resistir.
Triste! Humilhado! Espoliado! Espezinhado! Roubado! Desesperançado!
É assim que me sinto!
No entanto, há uma coisa que não perco e ninguém me consegue tirar...a fé e a coragem! E não falo em termos de credo ou religião. Antes, na crença inabalável que tenho na força humana!
A todos quantos possam cruzar-se,  comungar e partilhar estas palavras, quero deixar os meus mais sinceros votos de Festas Felizes!
Que dentro do possível, possam parar, refletir, e de uma vez por todas interiorizar, que este maravilhoso País é e tem de continuar a ser NOSSO!
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
João Ricardo Lopes

publicado por João Ricardo Lopes | Quarta-feira, 14 Novembro , 2012, 23:21

Cumpriu-se hoje mais um dia de "Greve Geral". Até ao final da tarde ( início da noite) sem problemas de maior. apenas, a costumeira "guerra" dos números... nada que espante! Não posso, no entanto, deixar passar esta oportunidade para lamentar e manifestar os meu desagrado pelo sucedido junto ao Parlamento. Junto à Casa da Democracia!

Sou, como sempre fui, avesso, e mesmo contra, as greves...sejam e tenham elas o caráter que tiverem. Porque não vejo, não nos é mostrado, nenhum resultado prático e concreto. Já sei que, depois destas palavras, serão muitos os que me vão criticar, condenar, rebater... aceito todas essas críticas, como sempre fiz e faço ao longo da vida, mas é essa a minha opinião e postura.

Não compreendo como, paralisando a produção, perdendo dias e horas de trabalho, poderão os portugueses, e os trabalhadores em particular, conseguir reverter o atual estado de coisas. Entendo que existem outras vias, outras formas, e que é pelo empenho e esforço que poderemos, todos, regressar ao caminho que nos conduza ao progresso, à paz social e, o mais importante, à felicidade a que temos direito. Por isso, tenho alguma, para não dizer imensa, dificuldade em aceitar o que aconteceu hoje em Lisboa.

Bem sei que a situação é grave. Bem sei que são inúmeros os casos de desespero, individuais e coletivos, que percorrem a nossa sociedade. Mas será que a forma utilizada pelos ( alguns) manifestantes foi a mais correta? Será que é através do confronto, da provocação, da agressão às forças da ordem ( pondo em risco a integridade física dos agentes), que cumprem o seu dever de proteger os cidadãos, que se resolvem os graves problemas do País? Não sei que foram os principais instigadores...falou-se, segundo notícias dadas, que existiriam polícias à paisana infiltrados e que incitaram à rebelião...não sei se esta é a verdade. Pode até ser que, devido ao desespero latente, houvesse quem tenha perdido a razão... não sei, mas gostava de saber. Acho que gostávamos todos!

Vejo o que se passou hoje, como algo que era esperado, anunciado, estava escrito! Infelizmente, irão repetir-se, estou certo, momentos como este. É pena...será sempre uma pena!

Não isento o Governo, Este o outros antes Dele, de culpas. Para mim, já o disse repetidas vezes e continuarei a fazê-lo, o problema maior reside na falta de verdade. Na falta de coragem dos atores políticos, em todos os patamares, de dizer o que realmente acontece, apenas porque isso vai contra o seu taticismo. Apenas porque isso pode fazer com que percam o "poder"... a comodidade que esse mesmo poder gera. Aquilo que para muitos, mais não é do que a única forma de vida e sobrevivência que possuem, dado que a sua incompetência profissional assim o dita. Não generalizo... apenas comento.

Não podemos, em sã consciência, aceitar o ocorrido como válido. Ninguém pode, nem deve, dizer que as forças da ordem deveria deixar entrar os manifestantes no Parlamento...que os governantes e deputados, deveriam ser todos linchados...que a anarquia e violência são aceitáveis e válidas. É claro que não sou a favor de todas as gravosas políticas do Governo.

É claro que não fui nunca a favor da ilusão que nos foi "vendida" pelos governos anteriores e que em muito nos conduziram a esta situação.

É claro que esta política de austeridade nos conduz a uma recessão da qual dificilmente sairemos. Mas isso, tudo isso, não justifica o uso da violência, da provocação, da agressão e mesmo até dos insultos. O direito à manifestação, à concentração, à opinião, existe...ainda bem que existe!

O que os Portugueses têm de fazer, como diz o Povo, é chegar-se à frente! Lutar nas suas terras, nas organizações cívicas, nos partidos a que pertencem ou pelos quais simpatizam, nas estruturas sindicais, enfim, em todos os lugares e de todas as formas, pacíficas, possíveis, manifestar os seus pontos de vista. Fazê-los valer. Falar alto e claro! Exigir que sejam ouvidos!

É fácil, muito fácil, o queixume...é confortável!

É fácil, muito fácil...a crítica!

Portugal, e os Portugueses, precisam de uma vez por todas unir-se num só objetivo.

Vamos, todos em conjunto, ACORDAR E...MUDAR PORTUGAL!

João Ricardo Lopes


publicado por João Ricardo Lopes | Domingo, 04 Novembro , 2012, 22:27

 


Dissertações- XL - Palavras que se dizem...

1. refundar - Conjugar(re- + fundar) v. tr.1. Tornar mais fundo. = AFUNDAR, APROFUNDAR, PROFUNDAR
2. Tornar a criar, a estabelecer algo; fundar novamente.
Foi esta a palavra que Pedro Passos Coelho utilizou no final das jornadas parlamentares conjuntas de PSD e CDS e que tanta celeuma gerou.
Muitas poderão ser as interpretações. Muitas as ideias  e conclusões tiradas com a intenção de descobrir aquilo que vai na cabeça do Primeiro Ministro.Numa primeira análise, não me parece aceitável atribuir às palavras de Passos Coelho intenção de destruir o que quer que seja, nem promover uma encapotada revisão constitucional. É certo que este Governo tem atuado de forma atabalhoada. Com constantes avanços e recuos em medidas que mais não são do que ataques constantes  É certo que foi muito, mas mesmo muito, para além daquilo que eram as premissas do memorando negociado pelo governo PS de José Sócrates e subscrito por PSD e CDS. Muitas têm sido as decisões que vão para além disso, aquelas que, a meu ver, mais desespero têm trazido à sociedade. Mais prejudiciais do que abrido caminhos imediatos para a resolução dos graves problemas nacionais e, muito pior do que isso, os desesperantes problemas individuais.
Quando um partido, ou coligação de partidos, recebe das mãos do Povo a responsabilidade de formar governo e, consequentemente, gerir em proveito de todos os destinos de um país, é-lhe dado, outra coisa não se entenderia, o benefício da dúvida.Aquilo que se convencionou chamar « estado de graça ». Este governo não foi por isso excessão.
Portugal saia de mais de 6 anos de desastrosa governação. A situação económica e financeira tornou-se insustentável e conduziu, depois de muita relutância, a um pedido de ajuda financeira internacional.  A « TROIKA » , designação dada ao conjunto de entidades que disponibilizaram e gerem a ajuda, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, negociaram com o então Governo de José Sócrates os termos da ajuda.Termos que foram, também, subscritos pelos partidos, então na oposição - PSD e CDS -, e que são hoje governo.
É sabido, por isso desnecessário, repetir o que foram as promessas feitas durante a campanha eleitoral... apenas isso...PROMESSAS!
É sabido, e por isso ainda mais revoltante, a forma como afirmaram - leia-se Pedro Passos Coelho -  nunca utilizar a pesada herança recebida, como desculpa ou forma de justificar atuações futuras...MENTIRA!
É sabido, e por isso ainda mais ultrajante, as afirmações que o hoje Primeiro Ministro fez sobre  não aumento de impostos ou a "inviolabilidade" dos vencimentos dos portugueses... MENTIRA!
Que as políticas utilizadas não surtiram efeitos não é novidade. dirão alguns, nem mesmo surpresa.
O Governo, dá agora sinais, embora veladamente, de admissão do falhanço das suas políticas. Fossem elas, até, bem intencionadas, não resultaram. Portugal está, como se diz em gíria popular, NAS LONAS! O dinheiro escasseia nas instituições, sejam elas da administração pública ou particulares. A economia está estagnada. A população está sem poder de compra e, mesmo a pequena franja que ainda pode alguma coisa, dá sinais de estará rebentar por dentro!
Este Governo, com o seu PM à cabeça, está corroído pela insensibilidade que O cega. Pela única "coisa" que o preocupa... CUMPRIR AS METAS DO DÉFICE!
Esquece este Governo, que existem pessoas, muitas, para além das 12 ou 13 que compõem o núcleo principal... Que Eles próprios, são pessoas, cidadãos com família, objetivos, sonhos... Não se pode pedir nem tirar mais a quem  já quase nada tem!
Não creio, não quero crer, que a ideia de REFUNDAÇÃO tenha por base eliminar direitos adquiridos com luta e sacrifício. Não creio, não quero crer, porque entendo que estes mesmos direitos já estão mais do que depauperados. Pergunto mesmo, se não será o caso de já só existirem no papel? Sabendo-se, como sabemos, que esse mesmo " PAPEL", tem sido LETRA MORTA e CONSTANTEMENTE AGREDIDO.
Falar em « REFUNDAÇÃO », mantendo o atual estado de coisas, é por si só um contra-senso . Aqui sim, é preciso ir muito mais além!
Urge rever todo o processo. Começando, claro está, pela base. pelo " PAPEL" que atrás referi. Alterar de forma substancial a Constituição da República, retirando-lhe toda a carga, ainda ideológica que possa ter e, muito importante, todos os pontos ( artigos ) que são autênticos entraves ao desenvolvimento.
É preciso rever o modo como é atribuído o "poder" aos políticos. A forma como são eleitos... a responsabilização individual e coletiva que daí resulta, estendendo-a a todos os atos de governação.
Que sejam criados meios de incentivo à criação de empregos e empresas. Revitalizar a produção agrícola e industrial, o consumo interno, as obras públicas e a exportação. Dignificar o ensino, a saúde, a cultura. Garantir  a segurança do País e dos cidadãos, dotando as suas forças armadas e policiais, de meios eficazes e dignos. Promover e acentuar o recurso às novas tecnologias que são hoje, inegavelmente, uma forte componente da vida económica no país.
« REFUNDAR », tem que significar, e muito, desenvolver...gerar...criar...compreender..aceitar...ouvir...admitir... 
« REFUNDAR », passa, e passará sempre, pela medida mais simples eficaz que um Governo, qualquer que seja, pode aplicar: FALAR VERDADE!
Se assim acontecer, aceito de bom grado o conceito...aceitaremos todos!
João Ricardo Lopes

publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 09 Outubro , 2012, 23:48

Não sei se fique mais chocado com a forma descuidada com que foi tratado o símbolo maior da Nação ou se com as tropelias que, diariamente, me são servidas, não em bandeja de prata, mas antes num velho, lascado e sujo prato.

É claro que senti uma enorme indignação com o "caso" da Bandeira às avessas.Não há desculpa possível! Mesmo que, por descuido a mesma tenha sido posta ao contrário , todos os presentes viram que não estava na posição correta. Todos sem exceção! Desde o funcionário do protocolo (ou como lhe queiram chamar ),  restantes presentes e, o mais lamentável, o próprio Chefe do Estado. Inconcebível!
Não cairiam os "parentes" à lama a ninguém se, detetado o erro, fosse feito o gesto simples de alterar a posição das argolas de suporte da Bandeira no cordão do mastro. Mas não! Foi preferível insistir no erro, deixar que o País fosse alvo da chacota interna e externa.  E, há os "iluminados"...aqueles para quem o sucedido não tem significado. Pudera! Todos o que assim falaram comem à mesa do "banquete".
Mas, esse, até pode ser considerado um "caso" menor, embora muito grave, quando comparado com outras enormidades e atropelos recentemente cometidos. Senão vejamos:
No início do mês de Setembro, fomos presentados pelo Primeiro Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, com o anúncio frio e desprovido de qualquer sentimento. Com a notícia do agravamento em 7% da TSU. Agravamento esse que, sendo pago pelos trabalhadores, reverteria em favor das entidades patronais. Contas feitas, a indignação foi geral e FINALMENTE, o POVO saiu à rua! O polémico e mal feito anúncio deu lugar a horas e horas de debate, uma reunião longa do Conselho de Estado e o recuo do Governo.
Ainda não refeitos dessa maldade, eis que o Ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, anuncia no seu habitual e fleumático tom de voz, que em consequência do recuo ( foi mais ou menos assim ) na medida sobre a TSU, o Povo Português seria confrontado com ENORME aumento de impostos derivados da eliminação de alguns escalões do IRS. Nada meigos, senhores... falo de cerca de 34% de aumento na carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. É obra!
Austeridade, é a palavra mais importante no léxico governamental. Arrisco a dizer que é a única que conhecem! Sem pudores ou falsas premissas, atiram a matar sobre a economia portuguesa, esquecendo por completo que esse tiro, mata também a já pouca ou nenhuma qualidade de vida dos cidadãos... pouco importa! O que interessa, é que as metas do défice sejam cumpridas...custe o que custar, doa a quem doer!
Mas tivemos também, afirmações despropositadas e insultuosas, de um parasita do sistema, a quem foi dado o cargo de consultor do governo para as privatizações. Na verdade, o Dr. António Borges tem beneficiado de toda a cobertura do Governo para dizer e fazer tudo o que lhe apraz.
Estamos perante um estado de coisas que temos de lamentar e perante os quais temos de demonstrar a nossa profunda indignação.
Podemos até não concordar com a forma como esta ou aquela figura pública, este ou aquele membro do governo, atingem os seus patamares sociais, profissionais, culturais ou académicos. Podemos não concordar e devemos questionar a falta de igualdade de tratamento. Mas todos esses malabarismos são simples "faits divers" perante a contínua e desmedida investida contra direitos tão arduamente adquiridos.

Ainda recentemente, fomos forçados a receber, qual murro no estômago, notícias de abusiva, duvidosa inqualificável e questionável oportunidade. Refiro-me à notícia de que o Ministério da Saúde estaria a ponderar  o racionamento de medicamentos a doentes com doenças terminais ou crónicas, baseado no parecer emitido pela Comissão Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Notícia apresentado de forma ligeira, insensível e como se a vida humana fosse algo de desprezível.  Quanto vale uma vida? Quem pode decidir o tempo de vida de alguém? Como julgar da necessidade prolongar, manter ou não a qualidade de vida de outrem? De onde advém essa pretensa autoridade moral para tomadas de posição de tal forma aberrantes?
A insensibilidade tomou conta de uma minoria apenas interessada em prestar vassalagem e manter o status.

A fogueira é já enorme! Mesmo assim, há quem tenha por missão por-lhe ainda mais lenha.
O caminho é duro! Ainda assim, possível de ultrapassar. Mas isso não acontecerá, de forma alguma, se os agentes políticos persistirem viver na obstinada ideia de esconder, mentir, adulterar...tudo em nome de um objetivo inatingível no caminho ora traçado.
Portugal precisa encontrar um novo rumo!
O rumo da verdade, da decência, do sentimento. Onde o cidadão seja reconhecido pelo seu valor e não apenas como um número..
É chegado o momento de Acordar e Mudar Portugal!


publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 15 Setembro , 2012, 23:10

Propositadamente deixei o meu comentário à entrevista do PM, Passos Coelho, para hoje.

Ouvi  3 vezes a entrevista. Ouvi argumentos e contra argumentos. Analisei o mais fundo que pude os comentários proferidos.
Hoje, 15 de Setembro de 2012, ouvi o que faltava ouvir. Vi o que faltava ver.
Hoje, 15 de Setembro de 2012, ouvi a voz do POVO! Vi a sua INDIGNAÇÃO!

Tenho escrito, repetidamente, correndo mesmo o risco de ser chato, que entendo muitas das opções do Governo no que concerne à recuperação económica do País. Mas não consigo entender a sua visão insensível  do problema. Não consigo entender a sua posição de bloqueio da economia.
O anúncio feito por Passos Coelho na passada sexta-feira- dia 8 de Setembro - teve o condão de "incendiar" os ânimos. A proposta de aumento da TSU, que tem tanto de indigna como de pouco clara, e até de legalidade duvidosa, foi a gota de água.
Não cabe aqui, neste espaço, até porque não tenho conhecimentos que o permitam, tecer alargados comentários sobre benefícios ou malefícios das medidas ora propostas 
Passos Coelho, com a sua atitude quase despótica, deitou por terra o consenso social. Provocou e irritou os parceiros sociais, oposição, e até o  seu parceiro da coligação.
Não é crível, mesmo impossível, que ao retirar mais dinheiro dos já depauperados bolsos dos cidadãos, esse fato possa contribuir para um incremento da vida económica. Como comprar sem dinheiro? Como investir sem segurança? Como empreender com obstáculos e bloqueios?
Portugal não pode continuar a viver no "reino do faz de contas"!
Portugal precisa erguer-se, recuperar urgentemente a sua independência económica e financeira!
Portugal precisa de trabalho, de respeito pelo esforço de quem trabalha!
Não é possível que sejam sempre os mesmos a pagar...a serem espoliados dos seus proventos. Não se pode pedir ao povo, que pague uma dívida que não fez...que não é sua, e que esse sacrifício imposto, faça com que aquelas que são as suas efetivas responsabilidades assumidas, fiquem comprometidas e sem possibilidade de serem saldadas.
O PM, Pedro Passos Coelho, mentiu ao país. Afirmou o que não pode cumprir. Está mal aconselhado. Mal assessorado, impreparado.
E o Povo sentiu, sente isso!
Já não acredita, já não aguenta, desesperou!
O Povo saiu à rua!
O povo está ferido no seu orgulho!
Foram chamados de PIEGAS, de BRANDOS....
São constante e maldosamente achincalhados, vilipendiados, ridicularizados... mas resistem...lutam!
As imagens são claras. Não tentem os mal intencionados, fazer crer que os que hoje saíram à rua, são apenas militantes e simpatizantes da esquerda. Não amigos...isso não é verdade! Eu vi...ninguém me contou. Vi pessoas de todas as idades, de todos os quadrantes políticos. Conheço algumas delas. Sei que são partidárias de PSD e CDS. Também eu sou...também lá estive. Não eram figuras de topo...não. Esses não compareceram! E também os outros...que tanto protestam... Esqueceram-se que também são POVO!
Este é o momento!
Nada pode ser mais como antes depois de hoje!

publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 08 Setembro , 2012, 23:38

 

Não sei o que foi pior no dia de ontem. Se ouvir o anúncio feito pelo PM, Pedro Passos Coelho, ou se assistir à paupérima exibição da seleção  nacional de futebol... acabo por concluir que, nem uma nem outra foram boas, pelo que de negativo nos deixou.


SE quanto à segunda nem me vou pronunciar, dado que os próprios intervenientes se contentaram com o resultado e os 3 pontos obtidos, já no que à primeira questão diz respeito, tenho que tecer algumas considerações.
Antes que me acusem de derrotista, relembro que já aqui afirmei, e continuarei a fazer ( ver outros textos publicados ) o que penso acerca da situação desastrosa a que este país chegou e para qual o atual Governo não consegue encontrar solução. A razão? Simples! Não sabem ou não lhes interessa.
É voz comum dizer-se que, o pior inimigo de um governo ( seja ele qual for) é um povo esclarecido. Ora, este epíteto aplica-se, em parte ao povo português. A velocidade com que a informação, e a desinformação, chega aos olhos e ouvidos da população, cria um vasto leque de conhecimentos e compreensão.
Desde que Portugal assinou com a Troika o memorando de ajuda externa, e mesmo antes disso, que não paramos de ser bombardeados com medidas de austeridade para que se consiga alcançar o equilíbrio das contas públicas. Mas, o que temos visto e revisto, é que essas supostas medidas não têm trazido nenhum benefício às contas públicas e à vida da sociedade. Muito pelo contrário!
A situação tem vindo a degradar-se a olhos vistos e só a cegueira dos governantes, aliada a uma total e completa insensibilidade, parecem vingar.
Medidas de organização, contenção de despesas, punição dos prevaricadores, controle de gastos... tudo isso é necessário e urgente. Mas para que servirá tudo isso, num país paralisado, dependente, deprimido, enxovalhado, descrente...?
As medidas ontem anunciadas, são de uma gravidade que nem os mais acérrimos adeptos da disciplina orçamental conseguem entender. Não é preciso ser economista, comentador político ou mesmo mero curiosos do que à vida pública diz respeito, para perceber que Portugal, para além de não conseguir cumprir o que está acordado, tarde ou nunca, sairá da enrascada em que se encontra.
Revolta ouvir um PM que se revela cada vez mais impotente e incompetente, afirmar e reafirmar que o pior da crise passou, que a recuperação económica chegará já em 2013 e, volvidas duas semanas, perante a equipa de avaliadores, anunciar mais um ASSALTO a quem já pouco ou nada tem, e não ter uma única palavra ou ação direta dirigida aos poderosos da economia e finanças no sentido de que, também estes, sejam chamados a participar no esforço da reconstrução nacional. Disse o PM, Passos Coelho que, a seu tempo serão reveladas medidas que abranjam essa classe...Claro! Mas apenas e só depois de NEGOCIADAS  e devidamente AUTORIZADAS.
É fácil ver o incómodo que os parceiros da coligação que apoiam o Governo demonstram. O ar carregado e taciturno com que  surgem nos ecrãs de televisão ou a voz titubeante que ouvimos nas rádios. O comentar, porque a isso são obrigados, com uma gritante falta de convicção.
Como sei que a minha voz não chega a lado nenhum, pois que serão sempre os mesmos comentadores, analistas e - perdoem-me - PAPAGAIOS pagos, os que têm e terão sempre direito à palavra pública e visível  a milhares de ouvintes de rádio e espectadores de televisão, e que o que aqui escrevo mais não é do que um pensamento, um desabafo ( entre muitos ) de um cidadão preocupado e fazendo parte de uma vivência sofrida, permito-me deixar aqui, neste espaço, um apelo:

- Basta! É tempo de agir! É tempo de mostrar aos que dizem agir em nosso bem e proveito, o quão errados estão.
- É tempo de termos em Portugal, uma oposição que deixe de mandar recados sem sentido e se una em torno de uma solução consertada. Por muita razão que tenham, e em muitos casos têm, não podem esconder-se por trás da ameaça e chantagem constantes.
Sabe, a oposição, que o atual Governo tem uma maioria parlamentar que o sustenta e que, dificilmente que ver quebrada a sua "liderança" parlamentar.  Por um lado o PSD, principal partido da coligação, do qual todos conhecemos a forma de agir e pensar, mas sobretudo o CDS, que ,parece ter esquecido o que a não muito tempo condenava com veemência. O aumento de impostos! Tática política de Paulo Portas?! O CDS, infelizmente, terá que pagar um preço caro por se ter colado ao PSD nessa malfadada cruzada. Mesmo que digam ter agido em nome de uma situação de emergência nacional. 
O Governo, e a coligação que o sustenta, têm de entender, de uma vez por todas, que passar para o exterior a imagem de coesão nacional, já não colhe frutos. Não será por aí que aqueles que hoje nos auxiliam, irão ser mais ou menos benevolentes com as nossas falhas e incumprimentos. É necessário, urgente mesmo, criar as condições que dêem aos cidadãos, à força que faz mexer e crescer a economia, motivos para encarar com determinação os sacrifícios e desafios.
- Uma apelo, também àquele que por inerência de funções, é o mais alto magistrado da Nação.
O Senhor Presidente da República, tem de deixar-se meios termos e hesitações. De palavras de circunstância e que apenas visam o perpetuar de um sonho antigo do PSD - Uma Maioria, um Governo, um Presidente -  É tempo de ter pulso firme e empenhar-se na defesa daqueles que Diz representar.
Um roubo, é sempre um roubo. Mesmo que feito debaixo de uma suposta capa de legalidade.

publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 18 Agosto , 2012, 23:58

 


Adensa-se a possibilidade de vermos a Grécia for do euro e, quem sabe, até da UE.

É sabido e conhecido por todos, em particular por todos os que denotam algum interesse sobre a complexa situação política, económica e social que temos vivido., que fomos durante largos anos, impelidos a um consumismo exacerbado e despudorado, onde o "possuir" sobrepôs-se ao ser necessário. Fomos durante largos anos, massacrados diariamente, qual lavagem cerebral, por propostas e ofertas de um eldorado ilusório. Fomos durante largos anos, confrontados com a ideia de que todos podiam viver uma vida sem problemas...sabemos hoje que não era assim. Que era um erro!

Mas a pouca ou nenhuma consciência, conduziu-nos ao abismo. Todos, mais ou menos, embarcamos nessa nau esburacada, com a premissa de que para tudo encontraríamos soluções... errado!

Mas, não passando nós de meros peões no tabuleiro do jogo político, pedras descartáveis sempre que já desnecessárias, é sobre os nossos ombros que recaem as piores desgraças.

Ouvir agora falar os líderes europeus, ou alguns mais influentes artífices da mentira, deixa-nos um amargo de boca terrível.

É óbvio que uma eventual saída da Grécia da zona euro e mesmo da UE, irá provocar uma queda em contínuo de outras economias mais frágeis. Mas também das outras...das ditas poderosas. Sim. Porque também Elas terão sempre muito mais a perder, pois que durante muito tempo injectaram muito dinheiro nessas economias, cumprindo assim o seu papel na agiotagem internacional.

Em Portugal, mercê de políticas erradas, vive-se o hoje um drama social cada vez mais difícil de aceitar e de esconder. Empresas que fecham em catadupa, funcionários enviados para a ante-câmara do despedimento, regalias sociais que se espoliam, corrida desenfreada e insensível para recuperar dinheiros mal baratados por poucos, e que agora terão de ser repostos à custa do sacrifício de muitos. dos que podem e da maioria que pouco ou nada tem.

Disse já, repetidamente, que ante-vejo um fim de férias de grande convulsão e muita amargura social. Sei que pouco podemos fazer dada a nossa  consentida impotência. Aguardemos por isso, que aqueles em quem delegamos o nosso poder decisório, tenham ainda uma réstia de bom senso, pois que também Eles fazem parte do todo.
Sinceramente, não acredito .Vejo tudo muito complicado...muito complicado!

publicado por João Ricardo Lopes | Domingo, 22 Julho , 2012, 23:35

Na últimas duas semanas, foram vários os assuntos que mereceram maior destaque. Seguramente, que os incêndios que, mercê também da altas temperaturas, devastam o País e foram, os que mais atenção nos mereceram.

Sem cronologias, pois que estas acabam por ter um sentido perverso, tentarei recordar e comentar alguns pontos.
- Começo pelo debate do passado dia 11 sobre o estado da nação.
Poderia dizer que me espanta o pouco ou nenhum sentido de Estado dos nossos políticos, uma vez que sabendo como sabem o que de mal nos afeta e aflige, insistem em "prensetear-nos" com jogos semânticos de baixa qualidade, que fazem corar de vergonha muitos escritores lusos.
Até posso entender ( já o disse repetidamente), que a situação é grave e algo tem de ser feito. Mas será que do lado do Governo não poderia existir um pouco mais de sensibilidade? De sentido de justiça social? Dentro da maioria parlamentar que o suporta, não seria benéfico que os Senhores deputados, pusessem a nu e com clareza as suas dúvidas e inquietações, deixando de se apresentarem ao País como meros "serviçais e caixas repetidoras? E as oposições, se é que isso ainda existe por cá, não poderiam transformar as suas intervenções e atitudes, em algo de proveitoso? Não digo que tenham de, também Elas, renegarem os seus princípios...nada disso. Mas seria útil o trabalho em prol de objetivos comuns, deixando de parte os meros taticismos eleitorais e de conveniência.
- Outro assunto foi, a apresentação por parte da Troika, dos relatórios ( agora exaustivos ) da 4ª avaliação. A ser verdade, o que não creio, Portugal tem conseguido ( a que custo) cumprir o estabelecido e, qual aluno esforçado, estará em ponto de receber umas "prendinhas".
Mas, o contraditório dessa situação, que até nos poderia ( e quiçá deveria) trazer alguma alegria, vem a notícia de recomendações de "cortes", chame-mos-lhes, contenção, salarial. Não vejo, posso estar mal informado, onde seja possível cortar mais a quem já tem tão pouco!
- Fomos, e como fomos, MASSACRADOS pela notícia da formação "comprada" de um Ministro. Notícia essa, que tem tanto de vergonhosa como de patética. Vergonhosa, porque a "obscenidade legal" que conduziu todo o processo, esbarra nos sacrifícios que muitos tiveram de fazer para atingir patamares semelhantes. Patética, porque mesmo sendo assunto sério e devendo ser do conhecimento público, não deveria ter o tratamento mediático que teve. Que roçou mesmo a mediocridade.
Não será certamente caso virgem...não será de todo. Outros haverá que, por não terem como protagonistas figuras de topo da sociedade, passam invisíveis aos olhos e à curiosidade destruidora e mesmo doentia dos média. Isso sem falar no tal « caso das secretas » onde o Ministro fez tudo o que pôde, e erradamente, para sair incólume.Outros caíram por bem menos... E o outro assunto, não menos importante, o da alegada pressão sobre uma jornalista de um órgão de comunicação social. Incómodo, talvez, para as pretensões políticas do Ministro e do Governo. De um teor que é a todos os níveis inadmissível, pois que contraria o sentido de liberdade de expressão no qual Portugal dá cartas ao mundo. Caberá lembrar que a jornalista em causa acabou por pedir demissão...ou ter sido ( vou mais por aí ) convidada a fazê-lo. Tristemente, não teve retaguarda ou apoio da sua própria entidade patronal, que se vergou aos caprichos de um qualquer "senhor" a quem uma entidade supostamente reguladora, deu um vergonhosa cobertura.
Remato esses três temas, emitindo a minha convicção pessoal de que, o Ministro em causa, para além do muito e exagerado poder que tem, não terá dito o que realmente deveria dizer...ficam por isso muitos pontos na escuridão. Mas, como de Portugal se trata, os assuntos tendem a ir para às empoeiradas prateleiras do tempo. Lembram-se por ventura o que conduziu à saída de sena de um destacado membro do PS há já alguns anos? E que essa figura, ao tempo tão criticada, é hoje tida com dos mais importantes comentadores políticos da nossa praça?
- Como não quero tornar-me maçador, vou apenas referir mais um «caso». O tão conhecido e famigerado     « FREEPORT».
Entenderam ( por ventura bem...não sou jurista) conceder a absolvição aos dois arguidos do processo, com o pronunciamento de que as provas apresentadas não foram conclusivas. Deixaram no entanto a porta aberta à continuidade, ou reabertura, de um processo de averiguações sobre os alegados "pagamentos" recebidos pelo então Ministro do Ambiente, José Sócrates, no sentido de facilitar a abertura do empreendimento.
O meu comentário, que vale o que vale, é que mais uma vez a nossa justiça fez um alarido desnecessário e perigoso. Fomentou, como em tantos outros casos, o julgamento na praça pública. Criou expetativas elevadas sobre uma suposta implementação de moralidade, mas deixou-se enredar em jogos e pressões por parte do poder do qual se deveria manter livre e independente. Como é habitual nesses casos, o que não deveria ser, teve um grande apoio dos média e da classe politica. Uns porque lhes serve de impulso comercial, outros por simples tática...porque convém...porque tem de ser para parecerem fortes. Nunca, em momento algum, pugnando pela elevação dos valores éticos e morais com verdade e sentimento.
Diz o povo, que o tempo tudo apaga. Em boa medida é verdade. Dizem os do povo, que tudo o que está envolto nesse mediatismo atroz a nada conduz, que "Eles" é que o ganham, são sempre os que saem por cima... E esse mesmo Povo, o tal dos brandos costumes, remete-se ao silêncio de um qualquer canto submetido às indiferenças e contrariedades de uma vida de sofrimentos e alegrias...de vitórias e derrotas. Esse mesmo Povo, o tal dos brandos costumes, tem a esperança e sabe que terá de novo, a duras penas é certo, o direito a uma vida digna ...a uma vida normal!

publicado por João Ricardo Lopes | Segunda-feira, 02 Julho , 2012, 20:51

 

Vêm-se hoje nos telejornais, imagens da festa que os Espanhóis debitam aos seus CAMPEONES.
É lindo, comovente, arrepiante!
Um país que atravessa uma grave crise. Talvez a mais grave da sua história, viveu e conviveu, ao longo do último mês e meio, unido num sonho. São milhares os desempregados em Espanha. São milhares as famílias que, todos os dias, perdem os seus haveres. São milhares os espanhóis que, apesar disso, conseguem ( e conseguirão ainda por alguns dias) manter forte e ativa a "anestesias" provocada pelo futebol.
Há cerca de quinze dias, lancei o tema no, recentemente criado, programa da Antena1 « Janela Discreta ), que vai para o ar todas as quintas feiras depois das notícias das 23 horas. Sabia que era assim...sabia ter razão.
Em Portugal, e passada a "nossa euforia" depois da boa, excelente mesmo, prestação da seleção nacional de futebol, ainda no dia do jogo, ainda no rescaldo deste, logo a televisões se apressaram a relembrar-nos que a vida vai muito para lá do futebol. Que as alegrias e tristezas que este nos provoca, não efémeras.
Mas não nos dão, infelizmente, alternativas. Não nos dão escolhas. É a "lei" do « tudo ou nada » !
Espanha, viveu e conviveu, ao longo do último mês e meio, unida num sonho. O sonho de juntar às conquistas de 2008 e 2010 ( Europeu e Mundial ), mais um título. Viveu o sonho de conquistar o « TRIPLETE » ! Histórico ! Dificilmente
irrepetível !
Espanha, os jogadores e demais comitiva, conseguiram. Mostraram ao mundo que quando queremos e quando nos unimos, num grupo ou nas nossas mais interiores forças, tudo é possível.
Vamos lá!
Vamos também nós portugueses mostrar à Europa e ao Mundo que também nós somos capazes! Capazes de não nos deixarmos pisar, humilhar, matar aos poucos.
Vamos lá !
Nós somos capazes!

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