publicado por João Ricardo Lopes | Segunda-feira, 08 Junho , 2009, 14:17
Penso que a esta hora todos os candidatos estarão mais serenos e descontraídos. Todos?!
Haverá concerteza quem não esteja. Falo obviamente do Partido Socialista.
As coisas são para serem ditas, e se continuarmos a conter o que nos vai na alma e sufoca, nunca mais deixaremos de ter o País que temos , continuando sempre a viver no mesmo ente diante sofrimento. Ganhou quem eu não queria perdeu quem merecia. Ganhou quem não queria pois mais uma vez fica demonstrado que o Eleitorado não consegue dissociar-ser do passado e não vê ou não quer ver outras soluções.
Bem sei que não é fácil essa separação, ainda mais num país onde a classe política vigente merece uma constante protecção dos meios de comunicação. Basta ver o que se passou ontem na noite tele-eleitoral. Não ouvi, e estive muito atento, uma única vez referências aos chamados pequenos partidos. Antes, na sexta-feira, ainda deu para sentir a curiosidade de saber até onde iria o MEP. Mas ontem, nada! Faz lembar o futebol, onde estão sempre os 5 primeiros porque dão lugar europeu, e o resto não conta. Na política passa-se o mesmo.
No pós 25 de Abril, consumiam-se ávidadamente todos os manifestos e programas partidários, na ância de escolher um para seguir. Hoje, nem com todos os recursos ao dispor, o povo não procura nada que o possa elucidar e orientar para novos rumos. Sentemo-nos à mesa do café a falar de política e os nossos amigos logo mudam de assunto.
Perdeu a arrogância, o absolutismo, o poder supremo, a cegueira, a vaidade... e mais.
Falhou José Socrates na escolha, no saber ouvir, o não importar-se com aquele que elege, quem em suma o alimenta.
Perdeu e ainda bem! Seria mais expressivo ainda, se isso ocorrece com uma participação eleitoral normal. Mas não foi e não há nada a fazer.
Voto a referir a expressiva votação do MEP. Sim, EXPRESSIVA! Houvesse seriedade no acompanhar das campanhas com um pouco mais de cobertura e visibilidade e quiça, teria chegado ao deputado real.
Falta agora fazer o verdadeiro apuro da votação e a filtragem freguesia a freguesia, para sentirmos o que realmente foi a estreia do MEP. Dá trabalho mas é preciso. Aguardem mais uns dias. A Nau esta de partida e no meio do mar, do alto da gávea, vou faxer esse trabalho.
Um Abraço
João Ricardo Lopes - Abraveses/Viseu