Bom Ano a todos!
Aos que por mero acaso
lêem estas mal escritas linhas, e aos que
lhes dão maior atenção.
O ano findo foi, na sequência de outros, um ano difícil. Não me parece que 2010 venha a ser melhor apesar do que nos pretendem fazer crer.
Entramos em 2010 trazendo
connosco o peso de uma "crise económica" antiga de mais de 30 anos, agravada pela conjuntura
internacional.
Não pretendo aqui saber ou
enunciar se as políticas de combate a tão grave problema foram ou não as mais eficazes.
te lo-
ão sido nalguns pontos e noutros falhado completamente. Aquilo que agora
interessa, em minha opinião, é saber como atacar e encontrar soluções. Para
muitos sectores de actividade e para muita gente em particular, o tempo urge.
As Legislativas de Setembro de 2009, ditaram a perda da maioria parlamentar dos Socialistas e geraram uma nova
composição do
Hemiciclo pelo que, haveria lugar a um maior entendimento e consenso entre as forças nele representados.
Com tudo, ainda não foi possível verificar esta situação, muito por culpa do Governo - leia-se Primeiro Ministro - que em nada mudou os eu estilo de fazer política, recorrendo agora á "
vitimização" contínua, e também porque a oposição - agora com mais peso - não parece importar-se com o interesse geral, mas sim com as
suas tácticas particulares.
Compreensível mas não aceitável.
Vivemos em Portugal uma situação extremamente grave. Com uma taxa de desemprego gigantesca (
mais de 500 mil ) e com tendência a aumentar.
O endividamento externo, quase incomportável em relação à nossa produtividade; com políticas de expansão económica que, em primeira análise, visam um maior despesismo e não o controle das contas públicas.
É fácil dizer que é necessária contenção salarial. Até o Dr. Victor Constâncio - que para mim podia estar calado - veio sugerir aumentos não superiores a 1%. Até parece que tudo se resolveria deste modo. Esqueceu-se de dizer que reduziria o seu salário para metade ou ainda menos.
Haverá alguém neste País quem, com sinceridade, diga conseguir viver com 475 euros/mês?
Haverá neste país entidade patronal que,com sinceridade, ache justa a remuneração dos seus
colaboradores? Até o Senhor da CIP, agora em fim de mandato, afirmou não se imaginar a viver com um salário destes! Não se inibiu no entanto, de ser contra o aumento do 25 euros no salário mínimo. Acha o Sr.
Vanzeler, que isto implicará o fim de muitas empresas. Talvez sim. Mas será que é mesmo nisso que
pensam? Ou terá a ver com a redução das mordomias adquiridas à custa do árduo trabalho alheio?
O endividamento externo, outro "cancro" sem cura na nossa economia.
Nem consigo
imaginar o que cada Português deve actualmente. Nem é bom pensar nisso!
O investimento público - Bandeira Socialista -. Que tipo de investimento e para quê? Megalomanias?
Infra- estruturas
imprescindíveis?
Trabalho, esforço, abnegação. Tudo isso é necessário para revitalizar e impulsionar a economia Nacional. Mas tal empenho não pode nem deve
nunca significar um ainda maior
sacrifício dos que realmente contribuem para a produção.
Em relação ao desemprego, não sendo fácil resolver, tem contudo
alguns pontos
em que se poderia actuar.
Porque não o
impulsionar do trabalho por turnos, sem que tal implique redução de salários? Bastaria tão simplesmente a suspensão ou redução para 50% das
contribuições sociais para as empresas que contratem colaboradores, mas sem que isso implique prazos de efectividade de funções. Deixar, isso sim a patrões e empregados, o sentido de responsabilidade e a vontade de fazer cada vez mais.
Aos que recebem subsídios de desemprego ou outras ajudas, não a sua suspensão, mas sim a sua colocação em vária áreas de actividade. Até no serviço
à comunidade (
Câmaras, juntas de freguesia, centros sociais, entre outros) e com o respectivo acerto ao nível do salário mínimo sempre que necessário e por parte da entidade receptora e o manter das que sejam já iguais ou superiores.
Subsidiar sim, mas com retorno. Com TRABALHO! Sem prejuízo para eventuais saídas sempre que conseguido a tão almejada colocação.
SERÁ ISSO IMPOSSÍVEL? SERÁ ISSO UTÓPICO? SERÁ ISSO PATETICE?
Sinceramente, julgo que não. Difícil talvez, mas não impossível. Além do mais, nada na vida é eterno e tais medidas também não teriam de o ser.
Esta é uma visão simples mas directa. Como simples e directa é visão do povo e deveria ser a resposta dos seus eleitos e por isso, seus representantes.
Saúde, Justiça, Educação. Mais três áreas importantes.
Falarei sobre elas em próximo texto.
Deixo em remate a certeza que é possível fazer melhor; "Melhor É Possível"!