Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Domingo, 29 Agosto , 2010, 23:21

Este é o meu comentário ao artigo de 2 de Agosto incluído no site do MEP - Movimento Esperança Portugal.

 

Há cerca de 40 anos, um aluno que entrasse no ensino, tinha como garantia receber uma instrução com qualidade e centrada no sucesso e na efectiva aprendizagem.

Também naquele tempo, existiam alunos com maior ou menor aptidão para o exercício da função. Existiam, como hoje, famílias onde as dificuldades financeiras ditavam o prosseguir ou não para lá do mínimo exigido. Hoje existe alguma protecção, mais exigência, obrigatoriedade escolar. Antes, estudar e completar os estudos, era para as famílias mais abastadas ou com alguma posição na sociedade.

Após o 25 de Abril, o ensino em Portugal sofreu inúmeras transformações. Que o digam muitos, como eu, que passamos por toda esta fase, experimental, que só conheceu estabilidade nos anos 80. Nesses tempos, no antes 25 de Abril, e mesmo depois disso, havia respeito entre alunos e professores. Antes, talvez existisse alguma subserviência. Mais tarde, com o dealbar da liberdade de expressão, houve uma maior aproximação entre educandos e educadores. Existiu em muitos casos, uma cumplicidade sã entre os intervenientes do processo educativo. A escola funcionava como deve funcionar. Uma extensão da educação dada em casa. Mas os tempos mudaram, e a velocidade dessa mudança não foi devidamente assimilada por todos. Alunos, pais, professores, governantes. Tomaram-se medidas que, embora visassem objectivamente maior desenvolvimento intelectual dos alunos, tal não se revelou de facto assim.

Muitos outros factores fizeram com que as coisas não decorressem do melhor modo e, à boa maneira portuguesa, foram sendo tomadas medidas "tapa buracos" que serviam os propósitos da governação, nunca dos restantes agentes educativos. Vejam-se as contínuas guerras entre governos e professores. Atiram pedras uns aos outros, com o propósito de defesa de interesses, esquecendo-se daqueles que mais sofrem. Os alunos, e pais que nunca sabem quando e como vai ser o ano lectivo.

O que defendo, e sempre defendi, é que o ensino deveria (deverá) ser de qualidade e completamente gratuito dentro da escolaridade obrigatória. Que alunos, pais, professores e governantes, formem um equipa coesa e com o objectivo principal de ser ministrado um ensino que faça com que os nossos alunos saibam realmente as matérias que estudam. Que lhes seja exigido empenho e que a sua avaliação não dependa de números e estatísticas que só promovem os governantes menos rigorosos e escrupulosos. Ver um aluno saber fazer contas sem o recurso constante da máquina. Ouvi-los, com prazer, ler e sentir o real valor do que escrevem. Com poucos ou nenhum erro. Com alma, sabedoria e orgulho de quem dedica horas à aprendizagem e tem por isso a devida recompensa. Quanto aos que, por vários motivos não consigam atingir objectivos, dar apoio e compreensão. Não somos todos iguais. E se, mesmo assim, não houver resultado positivo, então que esse aluno seja "retido" e lhe seja dada no ano seguinte a possibilidade de fazer melhor aproveitando sempre o que de positivo ficou do ano anterior. Não se trata de "CHUMBAR" e pronto! Trata-se de não permitir o avanço de um elemento do grupo que pode, muito provavelmente, ter um efeito de contágio. Seria frequente ouvir: então eu que tanto me esforcei para passar de ano, vou ter ao mesmo tratamento e quem nada fez ou quis fazer e, à boleia de leis desconexas, vai usufruir dos mesmos direitos ?

Urge reduzir a carga horária e de disciplinas, dando aos alunos a possibilidade de aprender e não armazenar informação.

Temos de olhar o ensino, de uma vez por todas, como elemento fundamental para o crescimento do País. Cidadãos bem ensinados, com um grau de conhecimento bem estruturado, fará com certeza a diferença para melhor.


publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 28 Agosto , 2010, 14:38

Este assunto já começa a dar o que pensar e a ultrapassar o razoável.
Se a Senhora (Rosalina de seu nome) tinha acesso às contas do Sr. Feiteira, então nada espanta que movimentasse os milhões agora mencionados. No entanto, o que me parece menos correcto e até ético, é que estas verbas tão avultadas tivessem como destino as contas do Dr. Duarte Lima. É certo que entre clientes e advogados, existem laços de cumplicidade e pagamentos de honorários. Mas 7,9 milhões de euros são números elevadíssimos. Acresce ainda o facto de, se estes valores realmente passaram pelas contas de Duarte Lima, não existir menção dos mesmo s nas declarações de impostos. Bem sei que os Senhores advogados sabem contornar a lei. Oh se sabem! Mas também sei, ou sabia, existirem organismos que podem fiscalizar tais actos. a questão principal é a seguinte: será que interessa fazê-lo?


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