A entrevista de hoje à TVI de Pedro Passos Coelho, começa a demonstrar o que nos espera.
A possibilidade de reedição do Bloco Central, fica cada vez mais forte. A vontade não disfarçada, a sede pelo podere do PSD que, desde que sem José Sócrates, pode bem passar por um entendimento com o PS e deixar mais uma vez os doutos comentadores de queixo caído. Por isso, há que ter muita atenção nas palavras, nos actos, nas entrelinhas...
O que é preciso mudar, o que é urgente mudar, é essa mania de que não pode haver mudança. Porque ela existe, está à vista, está disponível para dar a este País, a esta nação com história o que tem de melhor: honestidade.
O voto é a "arma" da mudança!
O voto na confiança, na seriedade, na competência, no trabalho, na dedicação às causas. O voto na decisão, no empenho, na visão clara, na resolução dos problemas.
O voto que faz toda a diferença.
O voto no CDS !
Preocupação !
Esta é sem dúvida a principal ideia que existe e persiste na mente dos portugueses. Nunca como agora foi tão patente a dúvida sobre o que realmente se passa e o que virá a passar-se no futuro. Não sei responder a tais questãoes. Poucas pessoas, em sã consciência, o saberá fazer.
Ao longo dos últimos anos (quase 37), muitas foram as situações complicadas em que o nosso país se viu envolvido. Deposição de um regime político velho e bafiento. Criação e instauração de um sistema democrático que, tendo passado por dificuldades e ameaças, vigora hoje em plenitude.
Portugal vive hoje um momento especial e de sérias dificuldades económicas e financeiras cuja a dimensão é já inquantificável e inqualificável, e vive agora a braços com uma crise política e eleições antecipadas, marcadas já para o próximo dia 5 de Junho. Fala-se hoje, como se mais assuntos não existissem, no recurso a ajuda externa e na vinda (apoio) do FMI . Encara-se esta realidade com pensamentos diversos, pelo menos até agora. Uns acham por bem esse auxílio. Outros tentam evitá-lo a todo o custo. Dos que apoiam essa entrada, não sabemos se esse apoio é compreendido como último recruso e uma inevitabilidade, pese embora as medidas ainda mais duras a que estaremos sujeitos, ou mera conversa fiada de quem apenas visa a sua promoção pessoal e a obtenção dos chamados "quinze minutos de fama". Dos que tentam evitá-la, ou dizem tentar, está também por confirmar se esse trabalho é feito com empenho e sinceridade, ou se apanes almeja o desculpabilizar dos erros cometidos.
O recurso a ajuda externa que ontem, 6 de Abril, foi finalmemtesolicitado, pareceu-medesde sempre inevitável. Digo isso, porque a conjugação de acontecimentos recentes e a pressão dos mercados financeiros a que Portugal tem estado sujeito ( e continuará inevitávelmente a estar ) e o tratamento desastrado e desastroso dado nos últimos anos à política económico/financeira nacional, esteve longe de ser o mais correto. Como referi no início, desde a introduçao da democracia, muitos foram os momentos de desestabilização financeira. Recordarão os mais velhos o que se passou nos finais doa anos 70 e princípios dos anos 80, com as duas entradas do FMI em Portugal ( era PM Mário Soares ) e que nessas duas ocasiões, Portugal livrou-se da bancarrota.
Surge aqui a velha quetão sobre o que fazer e como fazer. A meu ver, só há um caminho: TRABALHO! Mutio trabalho!
Não é possível admitir que durante anos a fio, nomeadamente na última meia dúzia de anos, nos tenham sido pedidos sacrifícios inauditos e que aqueles que representam na primeira linha a vontade dos eleitores, sejam os principais obreiros do caos em que vivemos. É claro que não são todos, mas aqui é o conjunto, o todo que é escrutinado. Não será de todo possível reverter esta situação se os principais agentes políticos não compreenderem que em primeiro lugaro esta o o cidadão, o ser humano! O Trabalhador, o Pensionista, o Cidadão Deficiente, as Crianças, os Estudantes. Também o Comércio, a Indústria, a Economia, a Agricultura, as Pescas, o Ensino, a Cultura, a Saúde. Terem atenção, muita atenção, às finanças públicas. À gestão do dinheiro que não é deles mas de todos.
O desafio é grande, gigantesco, mas ultrapassável. Com sacrifício, vontade, determinação, coragem.
São grandes, enormes, as ferramentas de trabalho à disposição. As únicas que não custam um cêntimo que seja e que não dependem da ajuda de ninguém. São a HONESTIDADE e a VERDADE !
Quem não quiser ou souber utilizar tão poderosas "armas", estará condenado ao fracasso. Quem quiser manter a cabeça enterrada na areia (diria antes no lamaçal), refugiando-se em críticas mesquinhas e recusando a admissão de erros, estará condenado ao fraasso. Quem quiser alimentar polémicas desnecessárias, arrastando no tempo os problemas e não trabalhar na procura e partilha de soluções, estará condenado ao fracasso. Quem julgar que apenas pensar em si próprio é o mais importante, não estará condenado ao fracasso. Simplesmente já fracassou!
João Ricardo Santos Lopes
Abraveses/ Viseu - 7 de Abril de 2011