O povo português actual é o fruto da vida mesquinha que leva e da falta de vontade de mudar.
É fruto da uma visão tacanha e preguiçosa que têm de tudo o que dê trabalho, como seja o simples acto de PENSAR!
É fruto de uma contestação constante e cada vez mais desordenadas, cujo os objectivos preconizados raramente, ou mesmo nunca, são alcançados.
Ler um texto, ou um simples comentário numa rede social, torna-se impossível se o mesmo tiver mais do que um parágrafo. Diria mesmo, mais de dez palavras. Fazer uma conta com lápis e papel, é hoje um gesto tão ou mais difícil do que correr uma maratona. Fica portanto claro, que para a maioria seja mais importante confirmar qual o SEXO de José Castelo Branco num programa de televisão de qualidade baixa, do que ler as notas publicadas nestes espaço ou em post's em vários blogues, ou ler os artigos que são propostos nos murais do faceboock do Tuwiter ou outros. Nem mesmo fazer algo tão simples como assistir a debates com sentido crítico, mesmo que estes não os informe e esclareça e completamente e pareçam (que o são muitas vezes) maçadores e repetitivos. A maioria, prefere repartir-se entre as novelas e os programas sobre futebol, ou series em canais por cabo que, na sua maior parte, são episódios repetidos. A maioria fala contra a política e contra os políticos, mas nunca se chega à frente para lutar, para apresentar propostas e ideias. Que nunca vão a uma sede partidária. Que não toma parte das decisões. Que nem sequer pagam as quotas.
Estamos há mais de trinta anos a espera de que nos digam a verdade. De que falem claro. De que nos digam quem somos e o que somos. Não precisamos mesmo nada «Eduardos Catrogas» que destilam ódio pelo PS e seus dirigentes. Não precisamos de «Silvas Pereiras», e outros ministros sem personalidade, que apenas se limitam a repetir qual papagaios, as palavras do seu líder ou de apenas dizer o que se torna conveniente para manter os seus "tachos" e mordomias. Não precisamos de líderes partidários que tão depressa dizem não, jamais... e que mudam de opinião sempre que uma sondagem lhes é ou não favorável.
Precisamos e ansiamos sim, por políticos sérios. Que diga hoje, em vésperas de eleições, o mesmo que disseram há um, dois três ou mais anos atrás.
Precisamos e ansiamos sim, por gente capaz, informada, esclarecida. Que fala claro e sem medos, porque não se sente comprometida com um sistema que precisa urgentemente de ser reformado, adaptado aos mundo de hoje e que largue de vez e para sempre, um mundo retrógado e saudosista.
Não devemos nem podemos esquecer as origens. Não devemos nem podemos esquecer as bases da nossa formação como pessoas, sejam elas quais forem. Mas não devemos nem podemos permitir-nos afogar num mar de lamentos e constante degradação das nossas vidas. Temos de olhar em frente e não permitir que outros decidam por nós ou nos venham ensinar como fazer. Receber, ouvir um conselho, é útil e válido. Permitir que nos castiguem, que nos humilhem, deverá estar sempre fora de questão.
Tenho esperança e acredito em Portugal e nos Portugueses.
Portugal é um País que vale a pena!