Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Quarta-feira, 28 Setembro , 2011, 01:22

A situação económico / financeira que atravessa ao espaço europeu, nomeadamente a zona euro, é tudo menos geradora de tranquilidade. A globalização e o mediatismo noticioso, provocam ondas de choque que atravessam o mundo a velocidades inimagináveis a 10, 20 ou 30 anos. Hoje em dia, o simples aflorar de uma ideia, de um pensamento, provoca imediatamente toda a espécie de conjecturas e suposições. Ninguém está imune. Nenhuma organização, instituição, governo ou país.

Mas, como em tudo na vida, existem situações que chocam mais do que outras. E foi o que se passou comigo com as recentes declarações da chancelar Ângela Merkel.
Sabemos hoje, é do conhecimento geral, que Alemanha e França, sobretudo o primeiro, são os motores económicos da Europa. sabemos hoje, os enormes investimentos e interesses que o governo alemão tem por todo o lado, por todo o mundo financeiro. Sabemos hoje, que toda essa panóplia de situações impede os responsáveis alemães de, pura e simplesmente, deixarem cair no abismo países como Irlanda, Grécia ou Portugal. Que os move a tudo tentar, a tudo fazer, a tudo dizer, com o objectivo único da defesa dos seus interesses. É legitimo que assim seja. Não estamos, de todo, a falar de cêntimos...
Refiro-me então aquilo que para mim foi um choque, decorrente das declarações recentemente proferidas pela Chanceler Alemã.
Que sejam equacionadas ou mesmo aplicadas sanções a países in-cumpridores, aos que não atinjam as metas estabelecidas, é aceitável e compreensivo. Para isso discute-se, firmam-se acordos, criam-se objectivos. Ouvir de um alta responsável a ideia, a insinuação, a afirmação de que países in-cumpridores sejam privados de parte da sua soberania, é inaceitável, Intolerável!
Não estamos a falar de crianças ou jovens a quem se retira a mesada ou a quem se inflige um castigo. Não falamos da privação temporária deste ou daquele equipamento multimédia ou de uma saída nocturna com amigos.O que está em jogo nas declarações de Ângela Merkel, é a soberania, a independência de países. E se pensarmos que em muitos casos essa soberania está já ameaçada, o que mais podemos pensar. Que malévola ideia estará camuflada em tais declarações? Estaria a Chanceler Alemã  a pensar na transformação de países como Grécia e Portugal, em meras províncias europeias? Em meras estâncias turísticas Bávaras?No domínio económico, financeiro, político?
Haja  decência senhores...haja bom senso!
Irlanda, Grécia, Portugal ... mas também Espanha e Itália, são Nações soberanas. Com história!
Têm problemas sérios, graves, de difícil resolução...têm! Comprometeram-se a resolvê-los, uns com maior outros com menor facilidade... É verdade!
Foi uma tirada infeliz e impensável. Uma declaração que vinda da líder de um país com enormíssimas responsabilidades na segunda guerra mundial, ficou  e caiu muito mal.
Ângela Merkel sabe que a Alemanha não pode falhar. Sabe que terá de fazer tudo para evitar a perda por parte da Alemanha, governos e instituições financeiras, de tudo quanto têm investido no exterior. Sabe que o seu próprio "poder" está em em risco. Que surge já no horizonte a existência um buraco financeiro nas contas germânicas de mais de 5 biliões de euros.
Por isso, não posso pactuar com semelhante enormidade!
Cabe aqui a velha máxima: «quem tem telhados de vidro...»

publicado por João Ricardo Lopes | Domingo, 25 Setembro , 2011, 19:50
 

Acordo ou desacordo...concordar ou discordar!

Goste-se ou não do acordo ortográfico, Ele aí está a criar confusão e discussão.
Não sendo um grande entusiasta do mesmo, confesso que fico numa posição difícil perante a sua aplicação. Porque para quem, como eu cresceu a falar e a escrever na ortografia antiga e sendo brasileiro, convivi sempre com os dois lados da questão. Os textos que escrevo, ainda hoje, possuem um misto de grafia  que pode confundir quem os lê. Mais confuso fica , porque não existe ainda uma regra clara para a sua aplicação e o serem aceites as duas formas vai provocando um certo deixa andar... costumeiro nos dois lados do atlântico.Torna-se por isso difícil saber quando  e como aplicar as alterações.
 Mas onde, a meu ver, o problema  será enorme, será nas escolas. Não tanto nos escalões iniciais, mas nos do meio termo. Ou seja. Onde como diz o povo, a coisa nem será branca nem preta. Conversei já sobre o tema com os que como eu vão, ao correr da pena, discorrendo sobre o assunto e escrevendo ora assim ora "assado". Vemos com frequência e expressão - texto escrito ao abrigo do novo acordo - que visa justificar a escrita dos mesmos. Pergunto: será que foram mesmo? Quero crer que sim e tento encaixar e decorar as novas formas e fórmulas mas...não é fácil. Nada fácil mesmo! Procuro contudo não entrar em discussões fundamentalistas sobre o tema. Procuro  adaptar a minha escrita à nova grafia.
Deixo por isso , aqui e agora o pedido. Aos que por ventura possam cruzar as suas leituras com os meus escritos, o favor de procederem sempre e sem pudores, às correcções que entendam  justificadas.
Isto do acordo, funciona agora como o dinheiro... alguns têm-no mas não sabem usa-lo, outros sabem mas não o têm.

publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 20 Setembro , 2011, 18:26

Dissertações III

Cumpriram-se ontem, dez -10 - anos sobre os atentados perpetrados sobre as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York. Sem dúvidas, um acontecimento que mudou o mundo.
Cumpriram-se ontem, vinte e seis - 26 - anos sobre a tragédia de Alcafache. Um chque um comboio Regional e o Sud-Express com destino a Paris - França. Sem dúvidas, um acontecimento que mudou a vida de muitas famílias.
Nova York, a cidade que nunca dorme, situa-se (como muitos o saberão) nos Estados Unidos. Foram cerca de três mil - 3000 - os mortos e desaparecidos O mundo paraou! Ficou chocado! A comunicação social mundial produziu toda a espécie de diretos, comentérios, documentários. A nossa comunicação social, esteve lá...
Alcafache, é uma pequena Aldeia portuguesa. Fica no concelho de Mangualde, distrito de Viseu. Foram dadas como mortas ou desaparecidas, dezenas de pessoas. Alguns corpos nunca chegaram a aparecer. A nossa, na altura, débil comunicação social esteve lá...

Nova York - Estados Unidos da América
Onze - 11 - de Setembro de 2011. Dez -10 - anos passados  sobre a tragédia.  A nossa pavoneante comunicação social estava lá!

Alcafache - Mangualde - Viseu - Portugal
Vinte e seis - 26 - anos passados sobre a tragédia.  A nossa comunicação social ? Onde estava?

João Ricardo Lopes

Abraveses , 12 de Setembro de 2011  Hora: 18.00

publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 20 Setembro , 2011, 17:59

Dissertações II

Pasmo frequentemente com a falta de profissionalismo que grassa no nosso País. Em todos os quadrantes, de todas as espécies.
Disse (escreveu) um dia Jorge de de Sena, que Portugal era um país de «amadores». Essa afirmação, encimava um texto incluído no livro - « O Reino da Estupidez I » - de 1954. Volvidos que estão mais de cinquenta anos (57 para ser mais preciso), encaixa perfeitamente. A expressão continua atual. ´

É Ver! Basta parar um pouco e ...pensar.

Políticos, jornalistas, desportistas, funcionários públicos, empregados, estudantes... Em todos os campos e áreas de atividade, denotamos uma enorme falta de empenho em fazer bem e melhor. Vivemos, porque também me incluo, um constante empurrar para a frente, no deixar andar, no amanhã logo se vê.

Leva-se a vida como se de um jogo se trate  Uma doença que contagia e corroe por dentro, sem que para ela se tente sequer encontrar remédio ou algo que atenue os seus malefícios.

Para um País que se diz evoluído, o espectro actual apresenta um futuro ... nergro, triste. O mais arrepiante de tudo isso, é a falta de vontade de vencer. De alterar este estado de coisas.

Poderei ser acusado  de pessimismo exacerbado. De descrente na raça humana. De juíz sem juízo... talvez!

Não generalizo. como em todo o lado, há o bom e o mal. O perfeito ( se perfeição existe) e o imperfeito.

O que digo, é fruto do que vejo, do que sinto.

O que digo, é o que muitos pensam mas... não dizem!

João Ricardo Lopes

Abraveses, 22 de Agosto de 2011  Hora: 00.32 

publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 20 Setembro , 2011, 17:55

Se me fosse permitida, concedida, autorizada, a possibilidade de interpelar, olhos nos olhos , algumas das mais mediáticas figuras da nossa praça, certamente teria muito que perguntar. Claro está, que por não ser uma situação usual ou costumeira, os primeiros momentos gerariam algum embaraço para ambas as partes. Não o nego! Se o fizesse, estaria a ser hipócrita. Mas passada que fosse essa inibição inicial e liberto de e receios infundados sobra a aceitação do ato interpelador, depressa ficaria a vontade. Adquirindo a partir daí a fluidez necessária para a conversa.


Dada a situação que se nos apresenta, não seria difícil estabelecer prioridades. A longa lista de questões, rapidamente se transformaria numa espécie de lista telefónica. No tão prático e objectivo "caderninho"...


Do Presidente ao Deputado, passando por Ministros, Secretários de Estado, Presidentes de Câmara e seus acólitos e tantas outras entidades e personalidades.

 

Não seria difícil eleger o rol das questões, e nem a complexidade de muitos temas conseguiriam esmorecer os meus propósitos. Teria um prazer imenso, sem sadismo, em ver, em sentir a dificuldade nas respostas. O engasgar das vozes, a secura das gargantas perante questões directas e objectivas. Questões simples do cidadão comum. Daquele a quem a voz se embarga ao ter de responder aos filho que não tem o que lhe dar para comer quando este lhe diz que tem fome. daquele que não sabe como pagar as contas, pois o magro salário que aufere  por muitas horas de trabalho não chega. Daquele a quem o desemprego bateu à porta. à sua e a de tantos outros companheiros da mesma dura e difícil caminhada.


Se essa possibilidade me fosse dada, perguntaria sem rodeios qual a razão para tanto desequilíbrio. Para tanta desigualdade. Gostaria de ouvir uma explicação plausível da razão de uns receberem pensões milionárias e cumulativas e outros... no limiar da pobreza ou abaixo disso.
Se essa possibilidade me fosse dada, transformaria em força as minhas fraquezas e, sem receios, proporia a tão ilustres figuras uma troca de posições. É claro, é óbvio, não está ao alcance de todos. Não sou pretensioso a esse ponto. Mas o acto de viver, esse... é comum a todos! Ricos e Pobres. Letrados e Analfabetos. Doutores ou Trabalhadores do campo.


Proporia sem receio a simples troca, por UM ANO, dos vencimentos auferidos. Das pensões desiguais. Das curtas, magras,(embora necessárias) prestações sociais.


Ah! Se essa possibilidade me fosse dada...


Que satisfação teria quando, ao fim de horas de conversa, ouvisse finalmente o sublime som da voz da razão.


Que satisfação teria ao ouvir tão simplesmente esta expressão: ... concordo / concordamos consigo!


João Ricardo Lopes
Abraveses, 21 de Agosto de 2011     Hora :23.34 


publicado por João Ricardo Lopes | Sexta-feira, 02 Setembro , 2011, 16:21

Que País é este, ao qual foi dado o nome de Portugal, com uma história gloriosa de mais de 800 anos?

Que País é este, onde foi feita uma revolução, supostamente contra as injustiças, as arbitrariedades e onde, decorridos 37 anos, tudo continua quase como antes, exceptuando claro, a liberdade (alguma) de expressão.

Que País é este, que depois da adesão à então CEE, recebeu milhões e mais milhões, sem cuidar em acautelar o futuro? Sem pensar que tinha uma população envelhecida, mal preparada (alguma mesmo analfabeta), sem formação profissional adequada. Que viveu no sonho e na fantasia, arrastando os seus e arrastando-se Ele próprio, penosamente, para um abismos sem fim?

Que País é este, onde os valores mais fundamentais do respeito, da educação, do respeito pelos outros, pela dignidade da vida, andam de tal forma arredados que se confundem com a mais miserável das existências?

Que País é este, em que aqueles que são eleitos pelo povo como seus representantes, sejam os primeiros a representar-se a sipróprios, defendendo os seus interesses pessoais (embora legítimos) e pouco ou nada se impotam (felizmente há excepções) com a verdadeira casua pública. Com aquilo que interessa ao colectivo e não só ao individual?

Que País é este, que põe e dispõe da vida dos seus cidadãos sem nunca lhes perguntar se concordam. Sem que os que supostamente os representam ,se coloquem na sua verdadeira pele de também cidadãos, de também parte do conjunto, do todo, e não apenas e só de uma classe isolada e cheia de privilégios?

Que País é este, que abandona e expolia idosos, desfavorecidos, desempregados... entregando-os ao desespero que os conduz inevtavelmente, mais cedo ou mais tarde,à pobreza, à miséria, ao crime, ao desleixo,  ao conflito... que lhes retira com duas mãos, o que lhes deu apenas com uma. Que não cuida de analisar criteriosamente, quem e porquê deve ter ou não direito a ajudas, acompanhamento, aconselhamento. Que somplesmente retira, corta, esmaga, castra sonhos e esperanças?

Pobre País este!

Pobres os espíritos daqueles que, julgando-se iluminados, possuidores de toda a sapiência, detentores de toda a visão e razão, que têm um ego maior que o próprio País que dizem governar em nome de todos, confundem o bem com o mal, o viver com o sobreviver, a vida com a morte. Que sonham, apenas sonham, ignorando a realidade.

Pobre País estes, a que chamaram um dia PORTUGAL ! 


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