Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 15 Setembro , 2012, 23:10

Propositadamente deixei o meu comentário à entrevista do PM, Passos Coelho, para hoje.

Ouvi  3 vezes a entrevista. Ouvi argumentos e contra argumentos. Analisei o mais fundo que pude os comentários proferidos.
Hoje, 15 de Setembro de 2012, ouvi o que faltava ouvir. Vi o que faltava ver.
Hoje, 15 de Setembro de 2012, ouvi a voz do POVO! Vi a sua INDIGNAÇÃO!

Tenho escrito, repetidamente, correndo mesmo o risco de ser chato, que entendo muitas das opções do Governo no que concerne à recuperação económica do País. Mas não consigo entender a sua visão insensível  do problema. Não consigo entender a sua posição de bloqueio da economia.
O anúncio feito por Passos Coelho na passada sexta-feira- dia 8 de Setembro - teve o condão de "incendiar" os ânimos. A proposta de aumento da TSU, que tem tanto de indigna como de pouco clara, e até de legalidade duvidosa, foi a gota de água.
Não cabe aqui, neste espaço, até porque não tenho conhecimentos que o permitam, tecer alargados comentários sobre benefícios ou malefícios das medidas ora propostas 
Passos Coelho, com a sua atitude quase despótica, deitou por terra o consenso social. Provocou e irritou os parceiros sociais, oposição, e até o  seu parceiro da coligação.
Não é crível, mesmo impossível, que ao retirar mais dinheiro dos já depauperados bolsos dos cidadãos, esse fato possa contribuir para um incremento da vida económica. Como comprar sem dinheiro? Como investir sem segurança? Como empreender com obstáculos e bloqueios?
Portugal não pode continuar a viver no "reino do faz de contas"!
Portugal precisa erguer-se, recuperar urgentemente a sua independência económica e financeira!
Portugal precisa de trabalho, de respeito pelo esforço de quem trabalha!
Não é possível que sejam sempre os mesmos a pagar...a serem espoliados dos seus proventos. Não se pode pedir ao povo, que pague uma dívida que não fez...que não é sua, e que esse sacrifício imposto, faça com que aquelas que são as suas efetivas responsabilidades assumidas, fiquem comprometidas e sem possibilidade de serem saldadas.
O PM, Pedro Passos Coelho, mentiu ao país. Afirmou o que não pode cumprir. Está mal aconselhado. Mal assessorado, impreparado.
E o Povo sentiu, sente isso!
Já não acredita, já não aguenta, desesperou!
O Povo saiu à rua!
O povo está ferido no seu orgulho!
Foram chamados de PIEGAS, de BRANDOS....
São constante e maldosamente achincalhados, vilipendiados, ridicularizados... mas resistem...lutam!
As imagens são claras. Não tentem os mal intencionados, fazer crer que os que hoje saíram à rua, são apenas militantes e simpatizantes da esquerda. Não amigos...isso não é verdade! Eu vi...ninguém me contou. Vi pessoas de todas as idades, de todos os quadrantes políticos. Conheço algumas delas. Sei que são partidárias de PSD e CDS. Também eu sou...também lá estive. Não eram figuras de topo...não. Esses não compareceram! E também os outros...que tanto protestam... Esqueceram-se que também são POVO!
Este é o momento!
Nada pode ser mais como antes depois de hoje!

publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 08 Setembro , 2012, 23:38

 

Não sei o que foi pior no dia de ontem. Se ouvir o anúncio feito pelo PM, Pedro Passos Coelho, ou se assistir à paupérima exibição da seleção  nacional de futebol... acabo por concluir que, nem uma nem outra foram boas, pelo que de negativo nos deixou.


SE quanto à segunda nem me vou pronunciar, dado que os próprios intervenientes se contentaram com o resultado e os 3 pontos obtidos, já no que à primeira questão diz respeito, tenho que tecer algumas considerações.
Antes que me acusem de derrotista, relembro que já aqui afirmei, e continuarei a fazer ( ver outros textos publicados ) o que penso acerca da situação desastrosa a que este país chegou e para qual o atual Governo não consegue encontrar solução. A razão? Simples! Não sabem ou não lhes interessa.
É voz comum dizer-se que, o pior inimigo de um governo ( seja ele qual for) é um povo esclarecido. Ora, este epíteto aplica-se, em parte ao povo português. A velocidade com que a informação, e a desinformação, chega aos olhos e ouvidos da população, cria um vasto leque de conhecimentos e compreensão.
Desde que Portugal assinou com a Troika o memorando de ajuda externa, e mesmo antes disso, que não paramos de ser bombardeados com medidas de austeridade para que se consiga alcançar o equilíbrio das contas públicas. Mas, o que temos visto e revisto, é que essas supostas medidas não têm trazido nenhum benefício às contas públicas e à vida da sociedade. Muito pelo contrário!
A situação tem vindo a degradar-se a olhos vistos e só a cegueira dos governantes, aliada a uma total e completa insensibilidade, parecem vingar.
Medidas de organização, contenção de despesas, punição dos prevaricadores, controle de gastos... tudo isso é necessário e urgente. Mas para que servirá tudo isso, num país paralisado, dependente, deprimido, enxovalhado, descrente...?
As medidas ontem anunciadas, são de uma gravidade que nem os mais acérrimos adeptos da disciplina orçamental conseguem entender. Não é preciso ser economista, comentador político ou mesmo mero curiosos do que à vida pública diz respeito, para perceber que Portugal, para além de não conseguir cumprir o que está acordado, tarde ou nunca, sairá da enrascada em que se encontra.
Revolta ouvir um PM que se revela cada vez mais impotente e incompetente, afirmar e reafirmar que o pior da crise passou, que a recuperação económica chegará já em 2013 e, volvidas duas semanas, perante a equipa de avaliadores, anunciar mais um ASSALTO a quem já pouco ou nada tem, e não ter uma única palavra ou ação direta dirigida aos poderosos da economia e finanças no sentido de que, também estes, sejam chamados a participar no esforço da reconstrução nacional. Disse o PM, Passos Coelho que, a seu tempo serão reveladas medidas que abranjam essa classe...Claro! Mas apenas e só depois de NEGOCIADAS  e devidamente AUTORIZADAS.
É fácil ver o incómodo que os parceiros da coligação que apoiam o Governo demonstram. O ar carregado e taciturno com que  surgem nos ecrãs de televisão ou a voz titubeante que ouvimos nas rádios. O comentar, porque a isso são obrigados, com uma gritante falta de convicção.
Como sei que a minha voz não chega a lado nenhum, pois que serão sempre os mesmos comentadores, analistas e - perdoem-me - PAPAGAIOS pagos, os que têm e terão sempre direito à palavra pública e visível  a milhares de ouvintes de rádio e espectadores de televisão, e que o que aqui escrevo mais não é do que um pensamento, um desabafo ( entre muitos ) de um cidadão preocupado e fazendo parte de uma vivência sofrida, permito-me deixar aqui, neste espaço, um apelo:

- Basta! É tempo de agir! É tempo de mostrar aos que dizem agir em nosso bem e proveito, o quão errados estão.
- É tempo de termos em Portugal, uma oposição que deixe de mandar recados sem sentido e se una em torno de uma solução consertada. Por muita razão que tenham, e em muitos casos têm, não podem esconder-se por trás da ameaça e chantagem constantes.
Sabe, a oposição, que o atual Governo tem uma maioria parlamentar que o sustenta e que, dificilmente que ver quebrada a sua "liderança" parlamentar.  Por um lado o PSD, principal partido da coligação, do qual todos conhecemos a forma de agir e pensar, mas sobretudo o CDS, que ,parece ter esquecido o que a não muito tempo condenava com veemência. O aumento de impostos! Tática política de Paulo Portas?! O CDS, infelizmente, terá que pagar um preço caro por se ter colado ao PSD nessa malfadada cruzada. Mesmo que digam ter agido em nome de uma situação de emergência nacional. 
O Governo, e a coligação que o sustenta, têm de entender, de uma vez por todas, que passar para o exterior a imagem de coesão nacional, já não colhe frutos. Não será por aí que aqueles que hoje nos auxiliam, irão ser mais ou menos benevolentes com as nossas falhas e incumprimentos. É necessário, urgente mesmo, criar as condições que dêem aos cidadãos, à força que faz mexer e crescer a economia, motivos para encarar com determinação os sacrifícios e desafios.
- Uma apelo, também àquele que por inerência de funções, é o mais alto magistrado da Nação.
O Senhor Presidente da República, tem de deixar-se meios termos e hesitações. De palavras de circunstância e que apenas visam o perpetuar de um sonho antigo do PSD - Uma Maioria, um Governo, um Presidente -  É tempo de ter pulso firme e empenhar-se na defesa daqueles que Diz representar.
Um roubo, é sempre um roubo. Mesmo que feito debaixo de uma suposta capa de legalidade.

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