Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 09 Outubro , 2012, 23:48

Não sei se fique mais chocado com a forma descuidada com que foi tratado o símbolo maior da Nação ou se com as tropelias que, diariamente, me são servidas, não em bandeja de prata, mas antes num velho, lascado e sujo prato.

É claro que senti uma enorme indignação com o "caso" da Bandeira às avessas.Não há desculpa possível! Mesmo que, por descuido a mesma tenha sido posta ao contrário , todos os presentes viram que não estava na posição correta. Todos sem exceção! Desde o funcionário do protocolo (ou como lhe queiram chamar ),  restantes presentes e, o mais lamentável, o próprio Chefe do Estado. Inconcebível!
Não cairiam os "parentes" à lama a ninguém se, detetado o erro, fosse feito o gesto simples de alterar a posição das argolas de suporte da Bandeira no cordão do mastro. Mas não! Foi preferível insistir no erro, deixar que o País fosse alvo da chacota interna e externa.  E, há os "iluminados"...aqueles para quem o sucedido não tem significado. Pudera! Todos o que assim falaram comem à mesa do "banquete".
Mas, esse, até pode ser considerado um "caso" menor, embora muito grave, quando comparado com outras enormidades e atropelos recentemente cometidos. Senão vejamos:
No início do mês de Setembro, fomos presentados pelo Primeiro Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, com o anúncio frio e desprovido de qualquer sentimento. Com a notícia do agravamento em 7% da TSU. Agravamento esse que, sendo pago pelos trabalhadores, reverteria em favor das entidades patronais. Contas feitas, a indignação foi geral e FINALMENTE, o POVO saiu à rua! O polémico e mal feito anúncio deu lugar a horas e horas de debate, uma reunião longa do Conselho de Estado e o recuo do Governo.
Ainda não refeitos dessa maldade, eis que o Ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, anuncia no seu habitual e fleumático tom de voz, que em consequência do recuo ( foi mais ou menos assim ) na medida sobre a TSU, o Povo Português seria confrontado com ENORME aumento de impostos derivados da eliminação de alguns escalões do IRS. Nada meigos, senhores... falo de cerca de 34% de aumento na carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. É obra!
Austeridade, é a palavra mais importante no léxico governamental. Arrisco a dizer que é a única que conhecem! Sem pudores ou falsas premissas, atiram a matar sobre a economia portuguesa, esquecendo por completo que esse tiro, mata também a já pouca ou nenhuma qualidade de vida dos cidadãos... pouco importa! O que interessa, é que as metas do défice sejam cumpridas...custe o que custar, doa a quem doer!
Mas tivemos também, afirmações despropositadas e insultuosas, de um parasita do sistema, a quem foi dado o cargo de consultor do governo para as privatizações. Na verdade, o Dr. António Borges tem beneficiado de toda a cobertura do Governo para dizer e fazer tudo o que lhe apraz.
Estamos perante um estado de coisas que temos de lamentar e perante os quais temos de demonstrar a nossa profunda indignação.
Podemos até não concordar com a forma como esta ou aquela figura pública, este ou aquele membro do governo, atingem os seus patamares sociais, profissionais, culturais ou académicos. Podemos não concordar e devemos questionar a falta de igualdade de tratamento. Mas todos esses malabarismos são simples "faits divers" perante a contínua e desmedida investida contra direitos tão arduamente adquiridos.

Ainda recentemente, fomos forçados a receber, qual murro no estômago, notícias de abusiva, duvidosa inqualificável e questionável oportunidade. Refiro-me à notícia de que o Ministério da Saúde estaria a ponderar  o racionamento de medicamentos a doentes com doenças terminais ou crónicas, baseado no parecer emitido pela Comissão Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Notícia apresentado de forma ligeira, insensível e como se a vida humana fosse algo de desprezível.  Quanto vale uma vida? Quem pode decidir o tempo de vida de alguém? Como julgar da necessidade prolongar, manter ou não a qualidade de vida de outrem? De onde advém essa pretensa autoridade moral para tomadas de posição de tal forma aberrantes?
A insensibilidade tomou conta de uma minoria apenas interessada em prestar vassalagem e manter o status.

A fogueira é já enorme! Mesmo assim, há quem tenha por missão por-lhe ainda mais lenha.
O caminho é duro! Ainda assim, possível de ultrapassar. Mas isso não acontecerá, de forma alguma, se os agentes políticos persistirem viver na obstinada ideia de esconder, mentir, adulterar...tudo em nome de um objetivo inatingível no caminho ora traçado.
Portugal precisa encontrar um novo rumo!
O rumo da verdade, da decência, do sentimento. Onde o cidadão seja reconhecido pelo seu valor e não apenas como um número..
É chegado o momento de Acordar e Mudar Portugal!


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