Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Quarta-feira, 14 Novembro , 2012, 23:21

Cumpriu-se hoje mais um dia de "Greve Geral". Até ao final da tarde ( início da noite) sem problemas de maior. apenas, a costumeira "guerra" dos números... nada que espante! Não posso, no entanto, deixar passar esta oportunidade para lamentar e manifestar os meu desagrado pelo sucedido junto ao Parlamento. Junto à Casa da Democracia!

Sou, como sempre fui, avesso, e mesmo contra, as greves...sejam e tenham elas o caráter que tiverem. Porque não vejo, não nos é mostrado, nenhum resultado prático e concreto. Já sei que, depois destas palavras, serão muitos os que me vão criticar, condenar, rebater... aceito todas essas críticas, como sempre fiz e faço ao longo da vida, mas é essa a minha opinião e postura.

Não compreendo como, paralisando a produção, perdendo dias e horas de trabalho, poderão os portugueses, e os trabalhadores em particular, conseguir reverter o atual estado de coisas. Entendo que existem outras vias, outras formas, e que é pelo empenho e esforço que poderemos, todos, regressar ao caminho que nos conduza ao progresso, à paz social e, o mais importante, à felicidade a que temos direito. Por isso, tenho alguma, para não dizer imensa, dificuldade em aceitar o que aconteceu hoje em Lisboa.

Bem sei que a situação é grave. Bem sei que são inúmeros os casos de desespero, individuais e coletivos, que percorrem a nossa sociedade. Mas será que a forma utilizada pelos ( alguns) manifestantes foi a mais correta? Será que é através do confronto, da provocação, da agressão às forças da ordem ( pondo em risco a integridade física dos agentes), que cumprem o seu dever de proteger os cidadãos, que se resolvem os graves problemas do País? Não sei que foram os principais instigadores...falou-se, segundo notícias dadas, que existiriam polícias à paisana infiltrados e que incitaram à rebelião...não sei se esta é a verdade. Pode até ser que, devido ao desespero latente, houvesse quem tenha perdido a razão... não sei, mas gostava de saber. Acho que gostávamos todos!

Vejo o que se passou hoje, como algo que era esperado, anunciado, estava escrito! Infelizmente, irão repetir-se, estou certo, momentos como este. É pena...será sempre uma pena!

Não isento o Governo, Este o outros antes Dele, de culpas. Para mim, já o disse repetidas vezes e continuarei a fazê-lo, o problema maior reside na falta de verdade. Na falta de coragem dos atores políticos, em todos os patamares, de dizer o que realmente acontece, apenas porque isso vai contra o seu taticismo. Apenas porque isso pode fazer com que percam o "poder"... a comodidade que esse mesmo poder gera. Aquilo que para muitos, mais não é do que a única forma de vida e sobrevivência que possuem, dado que a sua incompetência profissional assim o dita. Não generalizo... apenas comento.

Não podemos, em sã consciência, aceitar o ocorrido como válido. Ninguém pode, nem deve, dizer que as forças da ordem deveria deixar entrar os manifestantes no Parlamento...que os governantes e deputados, deveriam ser todos linchados...que a anarquia e violência são aceitáveis e válidas. É claro que não sou a favor de todas as gravosas políticas do Governo.

É claro que não fui nunca a favor da ilusão que nos foi "vendida" pelos governos anteriores e que em muito nos conduziram a esta situação.

É claro que esta política de austeridade nos conduz a uma recessão da qual dificilmente sairemos. Mas isso, tudo isso, não justifica o uso da violência, da provocação, da agressão e mesmo até dos insultos. O direito à manifestação, à concentração, à opinião, existe...ainda bem que existe!

O que os Portugueses têm de fazer, como diz o Povo, é chegar-se à frente! Lutar nas suas terras, nas organizações cívicas, nos partidos a que pertencem ou pelos quais simpatizam, nas estruturas sindicais, enfim, em todos os lugares e de todas as formas, pacíficas, possíveis, manifestar os seus pontos de vista. Fazê-los valer. Falar alto e claro! Exigir que sejam ouvidos!

É fácil, muito fácil, o queixume...é confortável!

É fácil, muito fácil...a crítica!

Portugal, e os Portugueses, precisam de uma vez por todas unir-se num só objetivo.

Vamos, todos em conjunto, ACORDAR E...MUDAR PORTUGAL!

João Ricardo Lopes


publicado por João Ricardo Lopes | Domingo, 04 Novembro , 2012, 22:27

 


Dissertações- XL - Palavras que se dizem...

1. refundar - Conjugar(re- + fundar) v. tr.1. Tornar mais fundo. = AFUNDAR, APROFUNDAR, PROFUNDAR
2. Tornar a criar, a estabelecer algo; fundar novamente.
Foi esta a palavra que Pedro Passos Coelho utilizou no final das jornadas parlamentares conjuntas de PSD e CDS e que tanta celeuma gerou.
Muitas poderão ser as interpretações. Muitas as ideias  e conclusões tiradas com a intenção de descobrir aquilo que vai na cabeça do Primeiro Ministro.Numa primeira análise, não me parece aceitável atribuir às palavras de Passos Coelho intenção de destruir o que quer que seja, nem promover uma encapotada revisão constitucional. É certo que este Governo tem atuado de forma atabalhoada. Com constantes avanços e recuos em medidas que mais não são do que ataques constantes  É certo que foi muito, mas mesmo muito, para além daquilo que eram as premissas do memorando negociado pelo governo PS de José Sócrates e subscrito por PSD e CDS. Muitas têm sido as decisões que vão para além disso, aquelas que, a meu ver, mais desespero têm trazido à sociedade. Mais prejudiciais do que abrido caminhos imediatos para a resolução dos graves problemas nacionais e, muito pior do que isso, os desesperantes problemas individuais.
Quando um partido, ou coligação de partidos, recebe das mãos do Povo a responsabilidade de formar governo e, consequentemente, gerir em proveito de todos os destinos de um país, é-lhe dado, outra coisa não se entenderia, o benefício da dúvida.Aquilo que se convencionou chamar « estado de graça ». Este governo não foi por isso excessão.
Portugal saia de mais de 6 anos de desastrosa governação. A situação económica e financeira tornou-se insustentável e conduziu, depois de muita relutância, a um pedido de ajuda financeira internacional.  A « TROIKA » , designação dada ao conjunto de entidades que disponibilizaram e gerem a ajuda, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, negociaram com o então Governo de José Sócrates os termos da ajuda.Termos que foram, também, subscritos pelos partidos, então na oposição - PSD e CDS -, e que são hoje governo.
É sabido, por isso desnecessário, repetir o que foram as promessas feitas durante a campanha eleitoral... apenas isso...PROMESSAS!
É sabido, e por isso ainda mais revoltante, a forma como afirmaram - leia-se Pedro Passos Coelho -  nunca utilizar a pesada herança recebida, como desculpa ou forma de justificar atuações futuras...MENTIRA!
É sabido, e por isso ainda mais ultrajante, as afirmações que o hoje Primeiro Ministro fez sobre  não aumento de impostos ou a "inviolabilidade" dos vencimentos dos portugueses... MENTIRA!
Que as políticas utilizadas não surtiram efeitos não é novidade. dirão alguns, nem mesmo surpresa.
O Governo, dá agora sinais, embora veladamente, de admissão do falhanço das suas políticas. Fossem elas, até, bem intencionadas, não resultaram. Portugal está, como se diz em gíria popular, NAS LONAS! O dinheiro escasseia nas instituições, sejam elas da administração pública ou particulares. A economia está estagnada. A população está sem poder de compra e, mesmo a pequena franja que ainda pode alguma coisa, dá sinais de estará rebentar por dentro!
Este Governo, com o seu PM à cabeça, está corroído pela insensibilidade que O cega. Pela única "coisa" que o preocupa... CUMPRIR AS METAS DO DÉFICE!
Esquece este Governo, que existem pessoas, muitas, para além das 12 ou 13 que compõem o núcleo principal... Que Eles próprios, são pessoas, cidadãos com família, objetivos, sonhos... Não se pode pedir nem tirar mais a quem  já quase nada tem!
Não creio, não quero crer, que a ideia de REFUNDAÇÃO tenha por base eliminar direitos adquiridos com luta e sacrifício. Não creio, não quero crer, porque entendo que estes mesmos direitos já estão mais do que depauperados. Pergunto mesmo, se não será o caso de já só existirem no papel? Sabendo-se, como sabemos, que esse mesmo " PAPEL", tem sido LETRA MORTA e CONSTANTEMENTE AGREDIDO.
Falar em « REFUNDAÇÃO », mantendo o atual estado de coisas, é por si só um contra-senso . Aqui sim, é preciso ir muito mais além!
Urge rever todo o processo. Começando, claro está, pela base. pelo " PAPEL" que atrás referi. Alterar de forma substancial a Constituição da República, retirando-lhe toda a carga, ainda ideológica que possa ter e, muito importante, todos os pontos ( artigos ) que são autênticos entraves ao desenvolvimento.
É preciso rever o modo como é atribuído o "poder" aos políticos. A forma como são eleitos... a responsabilização individual e coletiva que daí resulta, estendendo-a a todos os atos de governação.
Que sejam criados meios de incentivo à criação de empregos e empresas. Revitalizar a produção agrícola e industrial, o consumo interno, as obras públicas e a exportação. Dignificar o ensino, a saúde, a cultura. Garantir  a segurança do País e dos cidadãos, dotando as suas forças armadas e policiais, de meios eficazes e dignos. Promover e acentuar o recurso às novas tecnologias que são hoje, inegavelmente, uma forte componente da vida económica no país.
« REFUNDAR », tem que significar, e muito, desenvolver...gerar...criar...compreender..aceitar...ouvir...admitir... 
« REFUNDAR », passa, e passará sempre, pela medida mais simples eficaz que um Governo, qualquer que seja, pode aplicar: FALAR VERDADE!
Se assim acontecer, aceito de bom grado o conceito...aceitaremos todos!
João Ricardo Lopes

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