Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Terça-feira, 21 Maio , 2013, 22:54

 

Foi recentemente aprovada,  na generalidade, a proposta de lei sobre a co-adoção de crianças por casais homossexuais.

Tenho a dizer sobre o assunto o seguinte:

Nada tenho contra a forma como cada um, no uso da sua liberdade individual, conduz a sua orientação sexual. E muito menos, se o fazem sentindo que isso lhes possa trazer, paz, satisfação pessoal, alegria e felicidade

A questão da adoção de crianças por casais do mesmo sexo, parece-me ser um assunto daqueles que se poderiam considerar um "não - assunto" , dado que deveriam ser encarados apenas é só, como sequência e consequência da aprovação e regulamentação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Não consigo entender a forma arcaica e conservadora com que alguns vêem o problema.
A pergunta impõe-se:
- será útil e admissível, que uma criança tenha de ser sujeita a uma vida errante e perdida em instituições de internamento, sem direito a um lar, ao carinho, ao amor?

Não pretendo dizer, de forma alguma, que as instituições de acolhimento dessas crianças, não sejam lugares acolhedores, que o são na maioria dos casos. Que não tenham pessoal capaz de acompanhar, compreender e acarinhar as crianças que estão a seu cargo. Mas não me parece que consigam dar amor!

Uma criança precisa de afetos. De quem brinque, participe na sua vida, oriente em permanência, acompanhe, acarinhe...
Precisa de quem lhe dê ouvidos, preste atenção, escolha a melhor escola, ajude nos trabalhos de casa...
De quem esteja e diga presente na doença, nas aflições, nas inquietações...

Enfim! Uma criança precisa e tem direito a viver!

Posto isto, a demagogia que muitos teimam em praticar passa a ser mera retórica.

Esqueçam-se, portanto, da questão de ser o casal composto por membros do mesmo sexo ou sexos diferentes. Um casal é um casal e ponto final!

Caberia aqui acrescentar, que não está provado que uma criança seja mais ou menos feliz pelo fato ser ser educada por dois pais ou duas mães. É muito provável, aceito, que possa ser uma situação menos confortável, em alguns casos, que uma criança tenha que "justificar" perante os colegas o ter dois pais ou duas mães. Ou seja, que os seus pais não sejam o resultado de um casal dito normal.

Simplificando, porque as coisas simples da vida são, e serão, sempre as melhores, é meu entendimento que a melhor forma de resolver essa questão é a seguinte:
- pensarmos no que é melhor, tanto para pais (sejam eles o que forem ), e crianças.
- analisar em profundidade, desprendimento e espírito aberto toda a situação.
- compreender o peso que a nossa sociedade arcaica ainda tem em tudo o que à " moralidade" diz respeito.
- percebermos, que a opção , as escolhas individuais de cada um, devem ser respeitadas e valorizadas.

Podemos não concordar... podemos não aceitar... é um direito nosso, individual, digno de respeito.
Isso não nos dá, nunca dará, o direito de julgar!
Ninguém é juiz em causa própria. Muito menos em causas alheias!



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