Visão global e pessoal, sobre temas da actualidade Nacional.
publicado por João Ricardo Lopes | Sábado, 09 Abril , 2011, 16:57

É voz corrente por este país que os valores morais e éticos estão perdidos. É voz corrente que a educação à moda antiga já não existe e que a que hoje "temos" anda pela rua da amargura. Concordo com as duas posições embora, como é óbvio não posa generalizar. Há por aí, ainda e felizmente, muito boa gente e gente muito educada.

Quis o destino desta nobre e antiga Nação, que o congresso do partido que deteve a governação (agora em gestão) ao longo dos últimos anos , ocorresse na sequência do pedido de ajuda financeira externa do país. Pedido esse que, com  origem em erros profundos na condução das políticas económicas e financeiras, teve o seu epílogo na má política socialista protagonizada pelos governos de José Sócrates. E se não quisermos centrar o problema só nas más políticas, podemos ficar pela falta de seriedade e ética.

José Sócrates é mestre nisso. É capaz de dizer que o que de manhã é branco, à noite é preto com a maior das facilidades.Um político que afirma e nega com a mesma facilidade com que bebe um copo d'água. Um político que é incapaz de admitir erros, apenas atirando para cima dos outros as suas culpas. Prova disso foram os discursos de ontem, em que Sócrates puxou dos galões e desfiou um ataque cerrado contra o PSD e Passos Coelho. Quando referiu a restante oposição, fê-lo com uma irreconhecível cautela. Como que a deixar aberta a porta a entendimentos futuros e pós eleitorais.
 
Mas o PS está já em plena pré-campanha. Está a usar, legitimamente, a sua reunião magna para falar aos militantes.Mas para transmitir também ao País e em principal à oposição (PSD) que vão à luta, que contem com eles, que ainda não ganharam nada. Utilizando para isso a vitimização. Utilizando todos os argumentos possíveis e imaginários sejam eles quais forem e tenham eles as repercussões que tiverem. E foi o que assistimos. Um rol de discursos afinados todos pelo mesmo diapasão. Orientados todos no mesmo sentido. O da defesa intransigente, mesmo que a custo, das políticas socialistas e de José Sócrates. Como se nada se tenha passado de mal na liderança do PS e na condução do Governo. É certo que há que dar uma imagem exterior de alguma paz. Mas o seguidismo pode transformar-se em doença.
 
Portugal vive um dos piores, se não o pior, momentos da sua história. Poder-se-a dizer que houve irresponsabilidade por parte da oposição no rejeitar o PEC IV. Poder-se-a dizer que o Presidente da República deveria ter tido um outro tipo de intervenção. Tudo isso é válido. Mas também o seria e de muita utilidade, que José Sócrates tivesse seguido os trâmites normais na condução do processo que culminou no que todos sabemos.
 
A hora em que escrevo estas modestas linhas, continuo a assistir ao desfilar de discursos seguidistas e com um único objectivo. Desresponsabilizar a  má atuação do governo. O esquecer o País e os seus cidadãos, em benefício do seus interesses particulares. Culpar a oposição e em principal o PSD de tudo quanto de mal tem acontecido.
 
É preciso ter atenção.
 
É necessário ouvir e refletir com sabedoria sobre tudo quanto nos será apresentado. daqui para a frente.
 
 

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